Long-Haul Travel Barometer | 2/2022

A ETC – European Travel Commision divulgou a segunda vaga de 2022 (maio-agosto), dos resultados do seu barómetro de viagens Long-Haul, num dos seus mais recentes inquéritos com periodicidade quadrimestral.

Os mercados-alvo deste estudo são: Brasil, China, Japão, Rússia e Estados Unidos da América. A amostra é constituída por 1000 entrevistas online a potenciais viajantes, considerados representativos para cada um dos mercados.

Anualmente, serão analisados três horizontes temporais de viagem: janeiro-abril; maio-agosto e setembro-dezembro.

Este novo barómetro pretende, em cada momento, avaliar:

• Intenções de viajar para fora da sua região de residência habitual;

• Preocupações e dificuldades relativamente às viagens;

• Critérios relevantes para a seleção dos destinos de viagem;

• Preferências de viagem no que respeita aos destinos, tipo de experiências e modos de transporte.

Os resultados deste segundo barómetro/2022 recaem sobre o período maio-agosto.

Os principais resultados deste inquérito revelam uma crescente preocupação com os custos das viagens e finanças pessoais, que podem ter levado a mudanças nas escolhas de destinos dos viajantes, por exemplo, de longas ou médias distâncias para curtas distâncias. Este tipo de preocupações é consideravelmente mais elevado entre os brasileiros, norte-americanos e canadianos. Em simultâneo, o sentimento de viagem dos inquiridos chineses parece ter sido mais impactado pela situação na Ucrânia, com 19% dos entrevistados a referirem a guerra como motivo para evitar viagens de longa distância (vs 5% na amostra total).

Uma significativa maioria dos entrevistados (76%) considerou que o conflito não afetou os seus planos de viagem, com o adiamento da realização de uma viagem já planeada a ser a maior mudança considerada por 12% de todos os entrevistados. Embora a maioria das pessoas no Brasil e no Canadá não estejam a fazer alterações nas suas viagens por causa da guerra, muito poucos (30% e 20% respetivamente) consideram fazer algum tipo de ajustamento por causa do conflito.

Uma análise aprofundada de conteúdos online, artigos e postagens compartilhados por mais de 200.000 autores, em sete mercados (incluindo Austrália), nos últimos quatro meses, revela que a reputação da Europa diminuiu em muitos dos mercados analisados, durante o primeiro trimestre de 2022, devido à instabilidade geopolítica e ao ressurgimento da pandemia.

Não estando definitivamente ultrapassada toda a crise pandémica, a verdade é que progressivamente vai sendo desconsiderada pelos viajantes. Isso mesmo se revela em algumas tendências de fatores mais e menos considerados no processo de decisão dos viajantes:

• As pessoas continuam a priorizar destinos que gerem a pandemia de Covid-19 de modo eficaz. No entanto, a importância deste critério de seleção de destino diminuiu significativamente (-15%) em comparação com há um ano;
• Da mesma forma, o número de casos de Covid-19 no destino perde espaço como o elemento mais crítico na tomada de decisão de destino e deixa de ser percebido como relevante, potencialmente devido às altas taxas de vacinação em toda a Europa;
• Ao contrário, a escolha de locais onde se localizam atrações de renome ganha uma importância crescente no processo de seleção de destinos.

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