ESTADOS UNIDOS
Perfil do mercado
População e caracterização socioeconómica
Os Estados Unidos são um país com 336,48 milhões de habitantes em 2024, estimando-se que, em 2029, possa atingir os 343,75 milhões (3.º lugar no ranking mundial).
Nesse ano, os EUA foram a 1.ª maior economia a nível mundial, segundo dados da GlobalData Macroeconomic.
Dimensão e caracterização do turismo para o estrangeiro
Os EUA posicionaram-se como o 2.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial, tendo gerado 142,0 milhões de viagens em 2024, o que representa uma quota de 8,9% do total da procura turística mundial, de acordo com os dados da Globaldata.
Em 2024 as saídas de turistas norte americanos para o estrangeiro registaram um crescimento (+13,8% face ao ano anterior) e nesse ano apresentam um nível superior ao registado em 2019 antes da pandemia (+11,9%). Cerca de 30,1% dos fluxos de outbound estão concentrados no continente europeu.
Os principais Estados norte americanos emissores foram nesse ano, a Flórida com uma quota de 16,8%, seguido da Califórnia (11,8%) e de Nova Iorque (11,4%).
Por sua vez, 56,4% das viagens ao exterior realizadas pelos turistas norte americanos foram por via aérea, 42,9% reportaram a viagens por via terrestre e 0,7% através de viagens marítimas, em 2024.
A estada média global no estrangeiro foi de 17,8 dias.
Os turistas dos EUA que viajam individualmente, casais, família e em grupo concentraram uma quota de 55,8%, 21,1%, 15,2% e de 7,9%, respetivamente, do total das viagens para o estrangeiro. Nesse ano, a faixa etária dos 50 aos 64 anos é a mais representativa (quota 31,5%) seguida da faixa dos 35-49 anos (26,3%).
A motivação Lazer nesse ano concentrou 83,2% do total das viagens dos residentes norte americanos ao estrangeiro (inclui Lazer e Visit Friends and Relatives) seguida pela motivação de negócios que concentram uma quota de 9,7%.
Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos residentes norte americanos no estrangeiro distribuem-se em: época alta (julho a setembro) com 27,3%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com 36,9% e época média com 35,8%.
Portugal posiciona-se no 20.º lugar no total dos fluxos aéreos outbound do mercado, (Taxa de crescimento +8,1%; quota de 0,9%; 770 862 turistas) no período de 24 de junho de 2024 a 22 de junho de 2025.
Lisboa posiciona-se no 29.º lugar em termos de ranking de cidades (Taxa de crescimento +5,7%; quota de 1,0%; 576 918 turistas), Porto no 115º lugar (Taxa de crescimento +10,0%; quota 0,2%; 110 752 turistas); Ponta Delgada no 171.º lugar (Taxa de crescimento +21,9%; quota de 0,1%; 44 694 turistas), Funchal no 281.º lugar (Taxa de crescimento +33,6%; quota de 0,04%; 14 042 turistas) e Faro no 289.º lugar (Taxa de crescimento +30,7%; quota de 0,03%; 13 203 turistas).
Neste período, as companhias aéreas que transportaram turistas norte americanos para Portugal foram: Tap Air Portugal (quota 38,4%), United Airlines (19,0%), Delta Airlines (12,0%), American Airlines (7,4%), Sata International (6,2%), British Airways (3,3%), Air Canada (2,6%) Air France (2,3%), Klm Royal Dutch Airlines (22%), Lufthansa (1,9%), e outras (4,6%).
A principal cidade norte americana de origem do voo para Portugal foi New York (quota de 29,1%), seguido de Boston (15,5%), Washington (8,7%), San Francisco (5,6%), Chicago (5,3%), Miami (5,3%), Philadelphia (3,2%), Los Angeles (2,6%), Dallas (1,7%), Atlanta (1,7%) e outras cidades (21,3%).
Quota na motivação de viagem de Lazer do turista norte americano em Portugal (93,7%) e em Negócios (6,3%).
O Turista norte americano registou uma permanência média de 13,3 noites em Portugal (dados Forwardkeys): 1-3 noites (6,8%), 4-7 noites (37,0%), 2 semanas (37,3%), 3 semanas (8,0%) e mais de 4 semanas (10,9%).
Dimensão do grupo de turistas norte americanos em Portugal :3,1 visitantes em média | 1 pessoa (25,0%); 2 pessoas (45,1%); 3-5 pessoas (23,9%); 6-9 pessoas (2,9%) e +10 pessoas (3,1%).
Tempo médio de antecedência de reserva por parte do turista norte americano na sua viagem para Portugal (90 dias) | <15 dias (14,9%); 15-30 dias (9,3%); 31-60 dias (206%); 61-90 dias (17,6%) e +91 dias (37,5%).
Canais de Distribuição na compra de bilhete de avião Direto (71,5%).
Indireto (28,5%) - Tipo de agências de viagens Corporate TA (13,1%); Retail TA (56,4%), Online TA (30,5%).
Em 2024, os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas com origem nos EUA registaram um crescimento de 17,8% face ao ano anterior, e regista um nível superior ao observado em 2019 (+32,4%).
Nesse ano, em termos de gastos turísticos no estrangeiro, o mercado norte americano ocupou a 2.º posição mundial com uma quota de 10,2%.
Os gastos no exterior com o Retalho registaram a quota de mercado mais elevada (27,8%), seguido dos gastos com o Transporte (25,9%), Alojamento (14,6%) e Restauração (10,3%). O gasto médio per capita no exterior foi de 151,3 USD.
Dimensão do mercado em Portugal
Os EUA posicionaram-se, em 2024 como o 3.º mercado turístico para o destino Portugal aferido pelo indicador hóspedes (quota de 11,8%) e o 4.º no indicador de dormidas (quota de 9,2%).
Relatório | Fluxos Turísticos para Portugal
Este foi o panorama verificado no final do ano de 2024:
Perspetivas
As projeções mais recentes do FMI indicam que a economia norte americana registou um crescimento de 2,9% em 2023, não obstante a atual conjuntura internacional ser desfavorável, em particular o conflito na Ucrânia e a Guerra no Golfo Pérsico (Israel), o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas e bens intermédios, e perspetiva-se para o ano de 2024 e 2025 um crescimento na ordem de 2,8% e 2,2%, respetivamente.
De acordo com a GlobalData, entre 2025 e 2028, as partidas internacionais dos turistas dos EUA para o estrangeiro devem crescer a um CAGR de 4,9%, para chegar a um total de 172,4milhões de partidas em 2028. Os gastos dos turistas dos EUA no exterior deverão aumentar a um CAGR de 8,1% para o mesmo período.
Os dados da Forwardkeys apontam para que as suas as previsões dos voos em termos de passageiros com origem no mercado norte americano para Portugal reportadas ao período de junho a novembro de 2025, perspetivam um acréscimo de 5,2% face ao período homólogo anterior.
As estimativas da OAG Scheludes Analyser reportadas à temporada de verão de 2025 (1 de abril a 30 de setembro de 2025) face ao Verão de 2024 para o mercado norte americano, revelam o comportamento dos seus principais destinos europeus em termos do número de lugares aéreos programados disponíveis em voos diretos desde os EUA:
Reino Unido: 7,2 milhões de lugares (-2,2%), Alemanha: 3,9milhões de lugares (+1,2%), França: 3,2 milhões de lugares (+2,4%), Itália: 2,3 milhões de lugares (+8,5%) e Espanha: 1,9 milhões de lugares (+5,1%).
De acordo com as pesquisas de voos da Google Destination Insights reportadas ao 1.º quadrimestre de 2025 em termos do número de pesquisas nos principais mercados europeus, Reino Unido concentra uma quota de 7,6%, França (4,2%), Itália (4,0%), Espanha (2,9%) e Alemanha (1,5%), a Europa concentra um total de 20,3% de quota.
Notícias de mercado
TAP inaugura voos diretos entre Los Angeles e Lisboa com investimento de longo prazo
A TAP inaugurou no dia 16 de maio do corrente mês, a rota direta entre Los Angeles e Lisboa, com uma ocupação dos primeiros voos na ordem dos 93%. A rota será operada com quatro voos semanais até outubro, altura em que irá avaliar a continuidade. Os primeiros voos – LIS-LAX e LAX-LIS registaram uma ocupação na ordem dos 93%.
Algarve-Estados Unidos, pela primeira vez, há voo directo Faro-Nova Iorque
United Airlines estreou a rota entre Faro e Nova Iorque (aeroporto de Newark). A programação sazonal inclui quatro voos por semana até finais de Setembro. Os Estados Unidos são já o sétimo mercado externo mais relevante para o Algarve e os turistas provenientes deste país têm vindo a crescer de forma sustentada desde a pandemia de covid-19, que paralisou a aviação comercial em 2020. No ano passado, embora ainda sem ligações diretas, os turistas norte-americanos ultrapassaram as 500.000 dormidas na região, alcançaram um crescimento de 13% face a 2023. O número de hóspedes também teve uma evolução positiva, alcançando quase os 200 mil visitantes um aumento de 10,5% comparativamente ao ano anterior, quantificou o Turismo do Algarve.
EUA a perder turistas internacionais, segundo o relatório do WTTC
Os Estados Unidos da América (EUA) poderão ver a indústria hoteleira perder até 12,5 mil milhões de dólares (cerca de 11,2 mil milhões de euros) este ano em receitas provenientes do turismo internacional, com o total a descer para 169 mil milhões de dólares (valor a rondar os 151 mil milhões de euros) em 2025, face aos 181 mil milhões de dólares (cerca de 162 mil milhões de euros) registados em 2024, segundo dados avançados pelo World Travel & Tourism Council (WTTC). Estes números representam uma queda de 22,5% em relação ao pico de gastos internacionais nos EUA, que foi de 217,4 mil milhões de dólares (mais de 191 mil milhões de euros) em 2019, de acordo com o mais recente relatório de Impacto Económico da do WTTC. Os dados mostram que, em março, os EUA foram visitados por 2,4 milhões de turistas internacionais, com todas as regiões do país a registarem quebras, com a Europa a cair 17,2%, a América Central registou uma queda de 23,9%, enquanto México e América do Sul desceram 23,2% e 10,4%, respetivamente.