Brasil é um país com 204,28 milhões de habitantes em 2023 (7.ª posição do ranking mundial), estimando-se que, em 2028, possa atingir os 209,83 milhões.

Nesse ano, o Brasil foi a 8.ª maior economia a nível mundial, segundo dados da GlobalData Macroeconomic. Ano 2023:

Em 2019, o Brasil foi o 26.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial e o 3.º quando a referência é a América Latina, com 12,8 milhões de viagens (+8,0% face ao ano precedente). A quota alcançada foi de 0,9% relativamente ao mundo e de 17% em relação à América Latina.

Em 2020, registou-se uma quebra de 78,7% em resultado da pandemia, e consolidou-se esta tendência no ano seguinte embora em menor grau (+10,3%). Em 2022, as saídas de turistas brasileiros para o estrangeiro registaram um crescimento significativo (+242,9%). 

No ano seguinte, 2023, o país ocupou o 28.º lugar e registou para um crescimento homólogo de 33,2% (quota: 1,3%), mas ainda 12,7% abaixo do registado em 2019 antes da pandemia. Cerca de 50,1% do total dos fluxos de outbound estão concentrados no continente europeu; e a maioria das viagens para o exterior são via aérea (82,5%), seguindo-se as deslocações terrestres (16,6%) e, por último, as viagens marítimas (0,9%).

TOP10 destinos | 2024 (Globaldata): EUA (quota: 14,3%), França (13,4%), Argentina (12,5%), Portugal (9,8%), Itália (5,2%), Espanha (5,1%), Chile (4,3%), Reino Unido (3,4%), Uruguai (3,1%) e México (1,6%).

A estada média no estrangeiro foi de 10,5 dias; e maioria viajaram em família (40,0%) e em grupo (29,5%), seguindo-se em casal (15,9%) e individualmente (14,6%). A faixa etária dos 35 aos 49 anos foi, em 2023, a mais representativa (quota 25,6%) seguida dos 50-64 anos (23,4%) e dos 25 aos 34 anos (18,5%).

A motivação Lazer concentrou 75,4% do total das viagens dos residentes brasileiros ao estrangeiro (inclui Lazer e Visit Friends and Relatives), seguida pela motivação de negócios (22,4%) e outros motivos (2,2%).

Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos residentes do Brasil ao estrangeiro distribuem-se em: época alta (julho a setembro) com 22,6%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com 58,0% e a época média com 19,4%.

Os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas com origem no mercado brasileiro registaram um crescimento homólogo de 15,2%, em 2023, embora registem um nível inferior ao observado em 2019 (-16,1%). A nível mundial, o mercado do Brasil ocupou a 25.ª posição com uma quota de 1,0%.

Os gastos no exterior com o Retalho registaram a quota de mercado mais elevada (31,2%), seguido dos gastos com o Transporte (31,0%). Restauração (11,0%) e Alojamento (10,8%). O gasto médio diário no exterior foi de 151,2 USD.

Portugal posiciona-se no 4.º lugar no total dos fluxos aéreos outbound do mercado, (Taxa de crescimento: +0,0%; quota de 8,3%; 596 628 turistas no período de 21 de agosto de 2023 a 18 de agosto de2024).

Lisboa posiciona-se no 3.º lugar em termos de ranking de cidades (Taxa de crescimento +0,2%; quota de 6,8%; 491 703 turistas), Porto no 15º lugar (Taxa de crescimento -1,5%; quota 1,4%; 98 209 turistas); Faro no 157.º lugar (Taxa de crescimento +6,4%; quota de 0,03%; 3 161 turistas e Funchal no 166.º lugar (Taxa de crescimento +5,7%; quota de 0,03%; 2 744 turistas.
Neste período, as companhias aéreas que transportaram turistas brasileiros para Portugal foram: Tap Air Portugal (quota 57,4%), Latam Airlines (quota 15,9%), Iberia (quota 2,5%), Air Europa Lineas Aereas (1,6%), Air France (1,1%) e outros (9,9%).
A principal cidade brasileira de origem do voo para Portugal foi São Paulo (quota de 44,6%), seguido de Rio de Janeiro (14,8%), Belo Horizonte (6,0%), Recife (5,9%), Brasília (4,9%) Fortaleza (4,2%), Salvador (4,0%), Porto Alegre (3,3%), Belém (1,9%), Curitiba (1,7%), Goiana (1,4%), Natal (1,3%) Florianópolis (1,3%), Vitoria (1,0%) e outras cidades (3,7%).

Quota na motivação de viagem de Lazer do turista brasileiro em Portugal (83,6%) e em Negócios (16,4%).

O Turista brasileiro registou uma permanência média de 19,2 noites em Portugal (dados Forwardkeys): 1-3 noites (10,2%), 4-7 noites (24,0%), 2 semanas (29,6%), 3 semanas (14,3%) e mais de 4 semanas (21,9%).

Dimensão do grupo de turistas brasileiros em Portugal: 3,2visitantes em média | 1 pessoa (29,3%); 2 pessoas (37,3%); 3-5 pessoas (25,9%); 6-9 pessoas (3,7%) e +10 pessoas (3,8%).

Canais de Distribuição na compra de bilhete de avião Direto (61,9%). Indireto (38,1%) - Tipo de agências de viagens Corporate TA (48,3%); Retail TA 37,4%), Online TA (14,3%).

Em 2023, o Brasil posicionou-se como o 6.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelos indicadores de dormidas (quota: 4,8%) e de hóspedes (quota 6,0%). Nesse ano, registaram-se 1,1 milhões de hóspedes (var.23/22: +19,0%) que geraram 2,6 milhões de dormidas (+13,1%). Já as receitas turísticas chegaram aos 1 054 milhões de euros, montante que equivale a uma quota de 4,2%, e que representa um acréscimo de 42,6% face a 2022.

Relatório | Fluxos Turísticos para Portugal

Comparando o ano de 2023 face ao ano de 2019 antes da pandemia, os valores ainda estão ligeiramente aquém no indicador hóspedes (-14,0%) e dormidas (-13,1%), em contraste com as receitas turísticas que registaram um crescimento de 42,8%.

No indicador dormidas, a Grande Lisboa é o principal destino nacional dos turistas provenientes do Brasil que visitam Portugal (53,1%), seguido do Norte (22,8%), Algarve (7,3%), Centro (6,0%), Oeste e Vale do Tejo (4,2%), Alentejo (3,0%), Madeira (1,6%), Península de Setúbal (1,4%) e Açores (0,5%).

Este foi o panorama verificado no final do ano de 2023:

As projeções mais recentes do FMI indicam que a economia do Brasil registou um crescimento de 2,9% em 2023, não obstante a atual conjuntura internacional ser desfavorável, conflito na Ucrânia, Guerra do Médio Oriente, o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas e bens intermédios. Para 2024 e 2025, perspetiva-se um crescimento inferior na ordem de 2,2% e 2,1%, respetivamente.

De acordo com a GlobalData, entre 2024 e 2028, as partidas internacionais dos turistas brasileiros para o estrangeiro deverão crescer a um CAGR de 5,9%, para chegar a um total de 16,8 milhões de partidas em 2028. Os gastos dos turistas brasileiros no exterior deverão aumentar a um CAGR de 9,4% para o mesmo período.

Segundo os dados da Panrotas a recuperação total das ligações aéreas internacionais globais do Brasil só ocorrerá em 2024, ano ao qual deverá igualar os números registados em 2019. De acordo com as Forwardkeys, as previsões dos voos em termos de passageiros com origem no mercado brasileiro para Portugal reportadas ao período de maio a julho de 2024, apontam para um decréscimo de 1,8% face ao período homólogo anterior.

Se compararmos a temporada de Verão 2024 face ao período homólogo de 2023, para o período entre 1 de abril a 30 de setembro de 2024, foi o seguinte o número de lugares aéreos disponíveis do Brasil para os principais destinos europeus: Portugal: 790 mil lugares (+1,5%), Espanha: 320 mil (+27,4%), França: 290 mil (+2,5%), Itália: 220 mil (+75,3%), Reino Unido: 190 mil (+14,0%) e Alemanha: 180 mil (+8,2%).

Estimativas 2024-2028