Brasil é um país com 214,83 milhões de habitantes em 2022 (7.ª posição do ranking mundial), estimando-se que, em 2025, possa atingir os 219,03 milhões.

Nesse ano, o Brasil foi a 8.ª maior economia a nível mundial, segundo dados da GlobalData Macroeconomic.

O Brasil posicionou-se como o 25.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial, tendo gerado 7,4 milhões de viagens em 2022, o que representa uma quota de 0,9% do total da procura turística mundial, de acordo com os dados da Globaldata.

Em 2022, as saídas de turistas brasileiros para o estrangeiro registaram um crescimento significativo (+237,9%) face ao ano anterior, mas apresentam ainda um nível inferior ao registado em 2019 antes da pandemia (31,5%). Cerca de 54,4% do total dos fluxos de outbound estão concentrados no continente europeu; sendo que 78,6% das viagens ao exterior se realizaram por via aérea, 20,3% por via terrestre e 1,1% através de viagens marítimas.

Nesse ano, segundo a Globaldata, o TOP 10 dos destinos dos turistas brasileiros quando viajam para o estrangeiro: EUA (quota: 16,3%), Portugal (15,8%), França (12,5%), Argentina (10,0%), Itália (7,6%), Espanha (6,8%), México (4,0%), Uruguai (3,6%), Reino Unido (3,4%) e Chile (3,0%).

A estada média no estrangeiro foi de 10,5 dias. A quota de mercado do período inferior a 5 dias foi de 6,4%, de 5 a 7 dias (25,3%), de 8 a 10 dias (22,1%), de 11 a 15 dias (27,1%) e de mais de 15 dias (18,9%). 

Os turistas brasileiros que viajam para o estrangeiro fazem-no em grupo (quota: 35,8%), família (35,1%), casal (15,5%) e individualmente (13,7%), sendo a faixa etária dos 35 aos 49 anos a mais representativa (quota 25,3%), seguida do intervalo entre os 50 e os 64 anos (23,6%).

A motivação Lazer, nesse ano, concentrou 77,0% do total das viagens dos residentes brasileiros ao estrangeiro (inclui Lazer e Visit Friends and Relatives), seguida pela motivação de negócios que concentram uma quota de 20,8% e outros motivos os restantes 2,2%.

Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos residentes do Brasil ao estrangeiro distribuem-se em: época alta (julho a setembro) com 22,6%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com 58,2% e a época média com 19,2%.

Em 2022, os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas com origem no Brasil registaram um crescimento significativo de 133,7% face ao ano anterior, mas registam um nível inferior ao observado em 2019 (31,0%).

Os gastos no exterior com o Transporte registaram a quota de mercado mais elevada (31,4%), seguido dos gastos com o Retalho (30,5%). Restauração (11,1%) e Alojamento (11,0%). O gasto médio diário no exterior foi de 185,5 USD.

Em 2022, o Brasil posicionou-se como o 7.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota: 4,9%) e ocupou o 6.º lugar para o indicador hóspedes (quota 6,0%). Nesse ano, registaram-se 925,7 mil hóspedes (var.22/21: +293,4%) que geraram 2,3 milhões de dormidas (+265,1%). Já as receitas turísticas  chegaram aos 739 milhões de euros, montante que equivale a uma quota de 3,5%, e que representa um acréscimo de 289,0% face a 2021.

Relatório | Fluxos Turísticos para Portugal

Comparando o ano de 2022 face ao ano de 2019 antes da pandemia, os valores ainda estão ligeiramente aquém no indicador hóspedes (-27,8%) e dormidas (-23,3%), em contraste com as receitas turísticas que registaram um crescimento de 0,2%.

No indicador dormidas, a Área Municipal de Lisboa é o principal destino nacional dos turistas provenientes do Brasil que visitam Portugal (54,8%), seguido do Norte (23,2%), Centro (9,1%), e Algarve (7,7%).

Este foi o panorama verificado no final do ano de 2022:

As projeções mais recentes do FMI indicam que a economia do Brasil registará um crescimento de 3,5% em 2023, não obstante a atual conjuntura internacional ser desfavorável, com o conflito na Ucrânia, a guerra do Médio Oriente, o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas e bens intermédios. Para 2024, perspetiva-se um crescimento inferior na ordem de 1,5%.

De acordo com a GlobalData, entre 2023 e 2027, as partidas internacionais dos turistas brasileiros para o estrangeiro deverão crescer a um CAGR de 5,6%, para chegar a um total de 14,2 milhões de partidas em 2027; e os gastos dos turistas brasileiros no exterior deverão aumentar a um CAGR de 8,8%.

Segundo os dados da Panrotas, a recuperação total das ligações aéreas internacionais globais do Brasil só ocorrerá em 2024 e deverá igualar os números registados em 2019.

Já as previsões de voos da Forwardkeys, em termos de passageiros com origem no mercado brasileiro para Portugal reportadas ao período de novembro de 2023 a janeiro de 2024, apontam para um acréscimo ligeiro de 3,0% face ao período homólogo anterior.

Segundo as estimativas da OAG Scheludes Analyser, tendo por base a temporada de verão de 2023 comparativamente a 2019 para o período entre 1 de abril a 30 de setembro de 2023, o número de lugares aéreos disponíveis do Brasil para os principais destinos europeus foi o seguinte: Portugal: 785 mil lugares (+3,9%); Espanha: 280 mil (-26,7%); França: 185 mil (-3,7%); Alemanha: 180 mil (-24,4%); Reino Unido: 170 mil (-17,6%); e Itália: 140 mil (-36,4%).

Se compararmos a temporada de Inverno 2024 (entre 1 de outubro de 2023 a 31 de março de 2024) face ao período homólogo de 2019, prevê-se o seguinte número de lugares aéreos disponíveis do Brasil para os principais destinos europeus: Portugal: 740 mil lugares (+7,5%); França: 300 mil (+10,8%); Espanha: 270 mil (-23,4%); Itália: 205 mil (+10,1%); Reino Unido: 190 mil (-7,7%) e Alemanha: 180 mil (-23,2%).