O Reino Unido é um país situada no noroeste da Europa, formado pela Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte.

Em 2023, o Reino Unido foi a 7.ª maior economia a nível mundial segundo os dados económicos da GlobalData Macroeconomic:

O Reino Unido é o 4.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial e o 2.º maior da Europa, concentrando uma quota de 4,7% do total da procura turística mundial, segundo dados da Globaldata.

Em 2020, as viagens de outbound caíram para um mínimo de apenas 22 milhões (disseminação mundial do COVID-19), registando uma quebra na ordem de 74,4% face ao ano anterior, mantendo-se esta tendência no ano seguinte (-1,2%), observando-se um acréscimo expressivo de 217,8% em 2022. 

Em 2023, as saídas de britânicos para o estrangeiro registaram um crescimento relevante (+30,6%) correspondendo a 89,4 milhões de viagens, apresentando já um nível superior ao registado em 2019 antes da pandemia (+5,5%).

Nesse ano, os fluxos de Outbond do Reino Unido para os seus principais top 10 destinos foram os seguintes: Espanha ocupa a 1.ª posição concentrando uma quota de 21,2%, seguem-se a França (16,3%), Itália (7,4%), Irlanda (5,6%), EUA (5,6%), Grécia (4,7%), Turquia (3,8%), Alemanha (3,0%), Portugal (2,5%) e Emirados Árabes Unidos (2,1%). Cerca de 81,7% dos fluxos de outbound estão concentrados no continente europeu.

Em 2023, cerca de 84,7% das viagens ao estrangeiro realizadas pelos turistas britânicos foram por via aérea, 8,8% reportaram a viagens marítimas e 6,5% por meio terrestre (utilização do Eurotúnel). A estada média no estrangeiro foi de 9,6 dias; e maioria dos britânicos viajaram em família (41,5%) ou em casal (33,5%).

Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos britânicos distribuem-se da seguinte forma: época alta (julho a setembro) concentra uma quota de 34,1%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com quota de 33,5% e época média com quota de 32,4%. Em relação à faixa etária, os turistas dos 35 aos 49 anos são os mais representativos (quota 28,7%), seguindo-se a faixa dos 50-64 anos (23,2%) e dos 25-34 anos (21,8%).

A motivação Lazer concentrou, em 2023, 72,7% do total das viagens dos residentes britânicos ao estrangeiro (inclui Lazer, Package Inclusive Tour e Visit Friends and Relatives). Os Negócios concentram uma quota de 20,2% e outros (7,1%).

Os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas britânicos registaram um crescimento de 34,9% face ao ano anterior, mas ainda se encontram aquém do observado em 2019 (-19,5%). 

Os gastos no exterior com o Comércio a retalho registaram uma quota de 38,4%, seguido dos de Transporte (30,2%), Alojamento (11,8%), Restauração (8,4%), Entretenimento (7,8%), Viagens internas (2,9%) e os Outros (0,5%). O gasto médio per capita no exterior foi de 110,3 USD, em 2023.

Em 2023, o Reino Unido posicionou-se como o 1.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 18,4%) e ocupou o 2.º lugar para o indicador hóspedes (quota 12,9%).

Nesse ano, as dormidas dos turistas provenientes do Reino Unido em Portugal registaram um acréscimo de 9,4% e os hóspedes um aumento de 1,3% face ao ano anterior, totalizando 9,9 milhões de dormidas e 2,4 milhões de hóspedes, respetivamente.  

Relatório | Fluxos Turísticos para Portugal

Observa-se igualmente um acréscimo nas receitas turísticas em 2023, na ordem dos 16,1% face ao ano de 2022, que se situaram em 3 835,1 milhões de euros, posicionando-se no 1.º lugar concentrando uma quota de 15,3%. 

Comparando 2023 com 2019, antes da pandemia, os valores são superiores nos principais indicadores turísticos: hóspedes (+9,7%), dormidas (+5,7%) e receitas (+17,2%).

No indicador dormidas, o Algarve é o principal destino nacional dos turistas provenientes do Reino Unido que visitam Portugal (58,7%), seguido da Madeira (19,7%), da Área Metropolitana de Lisboa (12,8%), e do Norte (5,9%).

Este foi o panorama observado no final do ano de 2023:

A economia global está novamente num momento altamente incerto, segundo as projeções mais recentes do FMI, que cita que os riscos acumulados da pandemia, a guerra na Ucrânia e do Golfo Pérsico (Israel), o aumento dos juros e as restrições de gastos levarão a que a economia britânica registe um crescimento moderado em 2023, na ordem de 0,5%, para 2024 está previsto um crescimento similar de 0,6% e para 2025, o crescimento será mais robusto, mas pouco significativo, na ordem de 1,6%.

De 2024 a 2027, as partidas internacionais do Reino Unido devem crescer a um CAGR de 6,2% para chegar a um total de 114,9 milhões de partidas em 2027 (projeções da GlobalData).

Os gastos dos turistas britânicos no estrangeiro deverão aumentar a um CRGR de 11,2% reportado ao período de 2024 a 2027 (previsões da GlobalData). De acordo com os dados da OAG Scheludes Analyser reportadas à temporada de verão de 2023 face á de 2019 para o mercado britânico, estas revelam o comportamento dos seus principais destinos europeus em termos do número de lugares aéreos programados disponíveis: Espanha: 14,2 milhões de lugares (-0,3%), Itália: 4,7 milhões (-1,5%), França: 4,2 milhões (+14,7%), Grécia: 4 milhões (+14,6%), Turquia: 3,9 milhões (+49,6%%) e Portugal: 3,8 milhões (+14,1%).

Se compararmos a temporada de Inverno 2024 (entre 1 de outubro de 2023 a 31 de março de 2024) face ao período homólogo de 2019 prevê-se o seguinte número de lugares aéreos disponíveis do Reino Unido para os principais destinos europeus: Espanha: 9,9 milhões de lugares (+6,7%), Itália: 3,9milhões (+2,0%), França: 3,7 milhões (+17,9%), Portugal: 2,1 milhões (+4,0%), Turquia: 2,0 milhões (+23,7%) e Grécia: 1,0 milhões (+2,9%).

Os dados da Forwardkeys relacionados com as reservas indiciam que as previsões de passageiros com origem no mercado do Reino Unido para Portugal reportadas ao período de fevereiro a julho de 2024, deverão registar um acréscimo (+2,2%) face ao período homólogo anterior.

De acordo com os dados da Google Destination Insights, as quotas de pesquisas de voos por parte dos turistas britânicos no continente europeu são por ordem de grandeza, pela Espanha com 11,0%, seguido da França (6,4%), Itália (6,3%), Alemanha (4,2%) e Portugal (3,6%).