Japão é um país com 124,7 milhões de habitantes, em 2022, estimando-se que, em 2025, totalize os 122,9 milhões.

Nesse ano, o Japão foi a 3.ª maior economia a nível mundial, de acordo com os dados da GlobalData Macroeconomic.

Em 2019, o Japão tinha registado 21 milhões de viagens, posicionando-se como o 17.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial, com uma quota de 1,0% do total da procura turística. Este valor traduziu-se num crescimento de 6,8%, face ao ano anterior.

O ano de 2020 caracterizou-se por uma acentuada crise mundial no turismo, decorrente da pandemia. O Japão registou 3 milhões de viagens internacionais, uma quebra de 83,4% face a 2019, posicionando-se em 20.º lugar no contexto mundial.

Observou-se um decréscimo acentuado na ordem de 87,9%, em 2021, invertendo-se este comportamento negativo em 2022, com um aumento significativo de 508,4%, mas ainda a um nível muito inferior face ao ano de 2019, na ordem de 87,8%.

Em 2022, o Japão ocupou a 49.ª posição no ranking dos mercados emissores (quota: 0,3%). Nos fluxos de outbond para os 10 principais destinos, os EUA ocupam o 1.º lugar (quota: 22,0%), seguindo-se Coreia do Sul (22,0%), Tailândia (10,4%), Alemanha (4,7%) Vietname (4,4%%), Guam (4,3%), Filipinas (4,0%), Singapura (3,8%), Taiwan (3,3%) e Malásia (2,4%).

Os dados da GlobalData não detalham Portugal, no entanto, utilizando os dados da OMT nos fluxos de outbond da Japão para os seus principais destinos, Portugal posicionava-se na 12.ª posição no contexto europeu e 28.ª mundial, com uma quota de 0,3% (71 mil turistas), em 2019.

A Ásia Pacífico concentrou 60,6% do total dos turistas japoneses que viajam para o exterior. Por sua vez, a Europa totalizou uma quota de 12,6%.

Tóquio (quota: 20%), Kanagawa (12%), Osaka (8%) e Aichi (6%) são as principais cidades emissoras de partidas dos turistas japoneses para o estrangeiro. Cerca de 91,2% das viagens ao exterior realizadas pelos turistas japoneses foram por via aérea e 8,8% através de viagens marítimas, em 2022.

A estada média no estrangeiro foi de 10,8 dias. Os turistas japoneses que viajam em casais, famílias, em grupo e individualmente concentraram quotas de 47,2%, 25,7%, 16,0% e 11,0% respetivamente. A faixa etária dos 50 aos 64 anos é a mais representativa (quota 22,3%) seguida da faixa dos 25-34 anos (20,8%) e dos 35-49 anos (20,4%). A faixa dos mais de 65 anos também é bastante representativa (19,4%).

Em 2022, a motivação Lazer concentrou 78,5% do total das viagens dos residentes do Japão ao estrangeiro (inclui Lazer e Visit Friends and Relatives), a motivação de negócios totalizou uma quota de 11,2% e outros motivos os restantes 10,3%.

Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos residentes japoneses ao estrangeiro distribuem-se em: época alta (julho a setembro) com 27,2%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com 41,5% e a época média com 31,3%.

Os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas japoneses no estrangeiro diminuíram consideravelmente em 2020 devido à pandemia, observando-se uma quebra anual de 82,7% face a 2019. Registou-se um novo decréscimo (87,4%) no ano seguinte, invertendo-se assim esta tendência em 2022, com um crescimento expressivo na ordem de 530,0%.

Os gastos no exterior com o Transporte registaram a quota de mercado mais elevada (29,0%), seguido dos gastos com o Retalho (23,8%), Alojamento (18,9%) e Restauração (11,5%), foram aqueles que superaram os dois dígitos. O gasto médio diário no exterior de viagem foi de 215,3 USD.

O Japão posicionou-se, em 2022, como o 42.º mercado turístico para o destino Portugal aferido pelo indicador hóspedes (quota de 0,2%) e ocupou o 46.º lugar no indicador de dormidas (quota de 0,1%). Em 2022, o mercado japonês registou 23,9 mil hóspedes (var.22/21:+299,5%) que geraram 58,5 mil dormidas (var.22/21: +220,1%).

Destaca-se como o 47.º mercado em termos de receitas turísticas com um valor de 16 milhões € (quota de 0,1%), registando um aumento de 196,9% comparativamente ao ano de 2021. Comparando o ano de 2022 face ao ano de 2019 antes da pandemia, os valores ainda estão muito aquém nos principais indicadores hóspedes, dormidas e receitas turísticas que registaram quebras de 83,5%, 78,3% e 71,4%, respetivamente.

No indicador dormidas, a Área Metropolitana de Lisboa é o principal destino nacional dos turistas provenientes do Japão que visitam Portugal (56,9%), seguido do Norte (20,1%) e Algarve (10,4%).

Este foi o panorama da procura para Portugal observado no final do ano de 2022:

As projeções mais recentes do FMI referem que a economia japonesa registará um crescimento de 1,3% em 2023, em resultado da atual conjuntura internacional ser desfavorável, conflito na Ucrânia, o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas e bens intermédios. Para o ano de 2024, perspetiva-se um crescimento ligeiramente inferior, na ordem de 1,0%.

De acordo com as estimativas da GlobalData, entre 2023 e 2027, as partidas internacionais dos turistas japoneses ao estrangeiro deverão crescer a um CAGR de 19,6%, para chegar a um total de 24,8 milhões de partidas em 2027.

Os gastos dos turistas deste país no exterior deverão aumentar a um CAGR de 23,4% para o mesmo período. De referir que só no final de 2022, é que o turismo japonês reabriu, em sintonia com os mercados asiáticos, com entradas e saídas para o estrangeiro. Ao contrário dos outros continentes, levou mais tempo a reagir às restrições fronteiriças e ausência de voos.

Fatores como a subida dos preços dos bilhetes de avião e das taxas aéreas, o aumento da duração de voo para evitar sobrevoar espaço aéreo russo, a desvalorização da moeda local yen face ao dólar constrangeram a recuperação completa das viagens ao estrangeiro. No entanto, as previsões a partir de 2024 apontam para um aumento significativo do turismo emissor.