Em 2023, o Japão tinha 124,4 milhões de habitantes, e estima-se que, em 2028, totalize os 121,19 milhões.

Nesse ano, o Japão foi a 3.ª maior economia a nível mundial, de acordo com os dados da GlobalData Macroeconomic. Ano 2023:

Em 2019, o Japão tinha registado 21 milhões de viagens, posicionando-se como o 17.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial, com uma quota de 1,0% do total da procura turística (var.19/18: +6,8%).

O ano de 2020 caracterizou-se por uma acentuada crise mundial no Turismo, decorrente da pandemia causada pela Covid-19. O Japão registou 3 milhões de viagens internacionais, uma quebra de 83,4% face a 2019, posicionando-se no 20.º lugar no contexto mundial.

Observou-se um decréscimo acentuado na ordem de 87,9% em 2021, invertendo-se este comportamento negativo em 2022, com um aumento significativo de 508,4%, e em 2023 consolidou-se esta tendência observando-se um crescimento de 361,9% apresentando ainda um nível inferior face ao ano de 2019, na ordem de 47,1%.

Em 2023, o Japão ocupou o 27.º lugar no ranking dos mercados emissores concentrando uma quota de 1,3% e correspondendo a 12 milhões de viagens externas.

Em 2023, nos fluxos de outbond do Japão para os seus principais top 10 destinos, Coreia do Sul ocupa a 1.ª posição (quota: 20,4%), seguem-se EUA (13,2%), Taiwan (10,1%), Tailândia (7,8%) Espanha (6,0%), Vietname (5,3%), Singapura (3,0%), Filipinas (2,7%), Alemanha (2,4%) e Reino Unido (1,9%). 

O GlobalData não detalha Portugal, mas recorrendo a dados da OMT, em 2019, Portugal posicionava-se na 12.ª posição no contexto europeu e 28.º mundial com uma quota de 0,3% (71 mil turistas).

Já em 2013, a Ásia Pacífico concentrou 63,1% do total dos turistas japoneses que viajam para o exterior, a Europa por sua vez totalizou uma quota de 17,4%. Tóquio (20%), Kanagawa (12%), Osaka (8%) e Aichi (6%) são as principais cidades emissoras de partidas dos turistas japoneses para o estrangeiro. Cerca de 92,5% das viagens ao exterior realizadas pelos turistas japoneses foram por via aérea e 7,5% através de viagens marítimas, em 2023. A estada média no estrangeiro foi de 12,0 dias.

Os turistas japoneses viajam em casais (46,7%), famílias (25,2%), em grupo (17,1%) e individualmente (10,09%); e a faixa etária dos 50 aos 64 anos é a mais representativa (quota 21,7%) seguida dos maiores de 65 anos (20,8%), dos 25-34 anos (20,2%) e dos 35-49 anos (20,1%). 

A motivação Lazer nesse ano concentrou 77,5% do total das viagens dos residentes do Japão ao estrangeiro (inclui Lazer e Visit Friends and Relatives), a motivação de negócios totalizou uma quota de 21,2% e outros motivos os restantes 1,4%.

Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos residentes japoneses ao estrangeiro, distribuem-se em: época alta (julho a setembro) com 31,7%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com 38,9% e a época média com 29,4%.

Os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas japoneses no estrangeiro diminuíram consideravelmente em 2020 devido à pandemia, observando-se uma quebra anual de 82,7% face a 2019, registando um novo decréscimo no ano seguinte de 87,4%, invertendo-se esta tendência em 2022 e 2023, registando um crescimento expressivo na ordem de 530,0% e 325,9%, respetivamente. Regista ainda um nível inferior ao observado em 2019 (-38,6%).

Em 2019, o Japão ocupou a 16.ª posição mundial, com quota de 1,5%, em 2023 este mercado recuou para a 43.ª posição e concentrou quota de 0,4%. Os gastos no exterior com o Transporte registaram a quota de mercado mais elevada (28,7%), seguido dos gastos com o Retalho (23,8%), Alojamento (19,0%) e Restauração (11,5%), foram aqueles que superaram os dois dígitos. O gasto médio diário no exterior de viagem foi de 225,6 USD.

O Japão posicionou-se, em 2023, como o 34.º mercado turístico para o destino Portugal aferido pelo indicador hóspedes (quota de 0,3%) e ocupou o 38.º lugar no indicador de dormidas (quota de 0,2%). Em 2023, o mercado japonês registou 55,1 mil hóspedes (var.23/22: +130,5%) que geraram 112,8 mil dormidas (var.23/22: +92,9%).

Destaca-se como o 44.º mercado em termos de receitas turísticas com um valor de 31€ milhões (quota de 0,1%), registando um aumento de 99,9% comparativamente a 2022. Comparando 2023 face a 2019 antes da pandemia, os valores ainda estão muito aquém nos principais indicadores hóspedes (61,9%), dormidas (58,2%) e receitas turísticas (42,6%).

No indicador dormidas, a Grande Lisboa é o principal destino nacional dos turistas provenientes do Japão que visitam Portugal (55,3%), seguido do Norte (24,4%), Algarve (6,5%) e Centro (5,5%).

Este foi o panorama da procura para Portugal observado no final do ano de 2023:

As projeções mais recentes do FMI referem que a economia japonesa registará um crescimento de 1,9% em 2023, em resultado da atual conjuntura internacional ser desfavorável, conflito na Ucrânia e guerra no a Guerra no Golfo Pérsico (Israel, o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas e bens intermédios. Para o ano de 2024 e 2025 perspetiva-se um crescimento ligeiramente inferior, na ordem de 0,9% e 0,8%, respetivamente.

De acordo com as estimativas da GlobalData, entre 2024 e 2027, as partidas internacionais dos turistas japoneses ao estrangeiro deverão crescer a um CAGR de 6,2%, para chegar a um total de 26,6 milhões de partidas em 2027. 
Os gastos dos turistas deste país no exterior deverão aumentar a um CAGR de 9,3% para o mesmo período, de referir que só no final de 2022 é que o turismo japonês em sintonia com os mercados asiáticos é que reabriu, com entradas e saídas para o estrangeiro, ao contrário dos outros continentes levou mais tempo a reagir às restrições fronteiriças e ausência de voos.

Fatores como a subida dos preços dos bilhetes de avião e das taxas aéreas, o aumento da duração de voo para evitar sobrevoar espaço aéreo russo, a desvalorização da moeda local yen face ao dólar, constrangeram as a recuperação completa das viagens ao estrangeiro principalmente para destinos mais longincos, no entanto as previsões a partir de 2024 apontam para um aumento significativo do turismo emissor. A JTA (Agência de Turismo do Japão) perspetiva que em 2025 o turismo emissor deverá atingir os 20 milhões.