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Última atualização: agosto 2023

Perfil do mercado

População e caracterização sócio-económica

A China é um país com 1 411,75 milhões de habitantes, em 2022, estimando-se que, em 2025, totalize os 1 408,69 milhões.

Em 2022, a China foi a 2.ª maior economia a nível mundial, de acordo com os dados da GlobalData Macroeconomic.

Dimensão e caracterização do turismo para o estrangeiro

A China posicionou-se como o 21.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial, tendo gerado 8,5 milhões de viagens, em 2022, o que representa uma quota de 1,0% do total da procura turística mundial, segundo dados da GlobalData. Em 2019, antes da pandemia, a China tinha sido o 1.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial, com 166 milhões de viagens (+11,0% face ao ano precedente), a quota alcançada foi de 7,8% relativamente ao mundo e de 70,0% em relação ao continente asiático, antes da pandemia.

Em 2020, o mercado chinês registou uma quebra de 87,9% em resultado da pandemia. A tendência consolidou-se no ano seguinte, observando-se um decréscimo de 60,6%. Este valor inverteu-se, em 2022, com um aumento ligeiro de 7,8%, mas ainda 94,9% abaixo de 2019 (a China só retomou as viagens internacionais a partir abril de 2023, ainda de um modo débil devido à pandemia).

Cerca de 75,0% do total dos fluxos de outbound estão concentrados no continente asiático e 12,6% correspondeu ao continente europeu, em 2022. Em 2019, antes da pandemia, a quota dos mercados asiáticos abrangeu 70,1% e a dos mercados europeus 15,7%.

As principais áreas emissoras de turistas internacionais coincidem com as chamadas cidades urbanas com maiores níveis de rendimento per capita e industrialização do país, como Shenzhen, Guangzhou, Shanghai e Beijing.

Por sua vez, 18,4% das viagens ao exterior realizadas pelos turistas chineses foram por via aérea, 74,7% por via terrestre e 6,9% através de viagens marítimas, em 2022.

A estada média no estrangeiro foi de 7 dias. Os turistas chineses que viajam em famílias, grupo, casais e individualmente, concentraram uma quota de 54,6%, 22,6%, 14,4% e 8,4% respetivamente, do total das viagens para o estrangeiro. Nesse ano, a faixa etária dos 15 aos 24 anos é a mais representativa (quota 27,7%), seguida da faixa dos 25-34 anos (24,6%) e da dos 35-49 anos (18,3%).

A motivação Lazer, nesse ano, concentrou 77,2% do total das viagens dos residentes da China ao estrangeiro (inclui Lazer e Visit Friends and Relatives), a motivação de negócios totalizou uma quota de 18,7% e outros motivos os restantes 4,1%.

Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos residentes chineses ao estrangeiro, distribuem-se em: época alta (julho a setembro) com 25,7%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com 44,2% e a época média com 30,1%.

Em 2022, os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas com origem na China registaram um crescimento modesto de 5,3% face ao ano anterior e registam um nível muito inferior ao observado em 2019 (94,4%).

Os gastos no exterior com o Retalho registaram a quota de mercado mais elevada (29,8%), seguido dos gastos com o Transporte (16,2%), a Intermediação Agências de viagens e operadores (14,7%), da Restauração (11,2%) e do Alojamento (9,6%). O gasto médio diário no exterior foi de 264,9 USD.

Dimensão do mercado em Portugal

A China posiciona-se, em 2022, como o 24.º mercado turístico para o destino Portugal aferido quer no indicador hóspedes (quota de 0,5%) e o 28.º no indicador de dormidas (quota de 0,3%).

Em 2022, o mercado chinês registou 68,1 mil hóspedes que geraram 156,1 mil dormidas. Estes valores conduziram a acréscimos de 294,6% e 242,2%, respetivamente, face ao ano anterior. Destaca-se como o 27º. mercado em termos de receitas turísticas com um valor de 64 milhões € (quota de 0,3%), registando um aumento de 132,1% comparativamente ao ano de 2021.

Relatório | Fluxos Turísticos para Portugal

Comparando o ano de 2022 com o de 2019, antes da pandemia, os valores ainda estão muito aquém nos principais indicadores hóspedes (-82,3%), dormidas (-74,3%) e receitas turísticas (-71,6%). No indicador dormidas, a Área Metropolitana de Lisboa é o principal destino nacional dos turistas provenientes da China que visitam Portugal (58,1%), seguido do Norte (19,6%) e Algarve (10,1%).

Este foi o panorama verificado no final do ano de 2022:

 

Perspetivas

As projeções mais recentes do FMI referem que a economia da China registará um crescimento de 5,2% em 2023, apesar da atual conjuntura internacional ser desfavorável, conflito na Ucrânia, o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas e bens intermédios. Para o ano de 2024, perspetiva-se um crescimento inferior, mesmo assim relevante, na ordem de 4,5%.

De acordo com as estimativas da GlobalData, entre 2023 e 2027, as partidas internacionais dos turistas chineses ao estrangeiro deverão crescer a um CAGR de 20,4%, para chegar a um total de 200,4 milhões de partidas em 2027. Os gastos dos turistas deste país no exterior deverão aumentar a um CAGR de 25,2% para o mesmo período.

Segundo as estimativas da OAG Scheludes Analyser, tendo por base a temporada de verão de 2023 comparativamente a 2019 para o período entre 1 de abril a 30 de setembro de 2023, prevê-se o seguinte número de lugares aéreos disponíveis da China para os principais destinos europeus: Reino Unido: 520 mil lugares (-9,8%); Alemanha: 410 mil lugares (-49%); Itália: 300 mil lugares (-11,1%); França: 200 mil lugares (-72,6%) e Espanha: 80 mil lugares (-55,8%).

Os dados da Forwardkeys relacionados com as reservas indiciam que as previsões de passageiros com origem no mercado da China para Portugal reportadas ao período de agosto de 2023 a janeiro de 2024, deverão registar um acréscimo muito significativo (+11 053,8%) face ao período homólogo anterior, uma vez que as ligações entre estes dois países foram duplicadas com voos diretos duas vezes por semana, mas ainda estão aquém ao observado no ano de 2019 (-65,2%), antes da pandemia.

Notícias de mercado

Mercado Interno da China

Enquanto destinos e autoridades de turismo ao redor do mundo aguardam o retorno do mercado externo chinês, o mercado doméstico na China regista uma boa performance. Depois de se livrar do declínio enfrentado em 2020 e novamente em 2022 com lockdown após lockdown, o mercado doméstico da China está de volta ao habitual. Há cinco anos, em 2019, o mercado nacional aproximava-se de 734 milhões de número de lugares disponíveis por ano, e em 2021 superou isso, chegando a 775 milhões. Este ano, a capacidade doméstica deve chegar a 833 milhões, cerca de 7% acima da de 2021 e 14% à frente de 2019. As maiores cidades da China, com Pequim - Xangai permanecendo uma constante no topo como o maior par de cidades da China em termos de capacidade. Neste ano, mais de 1,1 milhão de número de lugares disponíveis vão operar entre essas duas cidades, refletindo um crescimento acima da média de 16% nesse mercado desde 2019.

08.11.2023 - www.oag.com

Recuperação de viagens na China

Poucos meses após a reabertura de suas fronteiras internacionais, as viagens de outbound da China estão em retoma, muito mais rápida do que o Japão. Os Emirados Árabes Unidos surgem como o principal destino dos viajantes chineses, de acordo com os dados da ForwardKeys. Os viajantes chineses preferem o Sudeste Asiático como uma região de destino favorecida, principalmente devido à sua maior acessibilidade por meio de vários voos e restrições de visto relativamente relaxadas", acrescenta Dai. No entanto, fatores como conectividade aérea e políticas de vistos continuam a desempenhar um papel fundamental na formação da trajetória dessa recuperação.

08.08.2023 - www.trade-newschina

Indústria do setor do Turismo na China continua a sua recuperação

A indústria do setor do turismo recupera-se de forma constante no 1.ºsemestre do ano, com a oferta e a procura a crescerem e a recuperação a acelerar. Perspetiva-se que o número total de viagens turísticas em todo o país este ano chegará a 5,5 mil milhões, com a receita do turismo doméstico a atingir cerca de 700 mil milhões USD), o que representa 90% e 80% do mesmo período de 2019, respetivamente. As viagens de saída tiveram uma mudança significativa no fluxo e no modelo de negócios em comparação com os tempos pré-epidêmicos, turismo recetor também foi retomado, com o turismo de grupo no Interior da China, Hong Kong e Macau totalmente operacional. Os pedidos de visto para turistas internacionais que visitam a China também aumentaram.

02.08.2023 - www,tourism-review.com

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Tiago Brito

Tiago Brito

Coordenador da equipa no mercado

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