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Última atualização: abril 2024

Perfil do mercado

População e caracterização sócio-económica

Em 2023, a China tinha 1 409,67 milhões de habitantes. Estima-se que a sua população totalize 1 398,39 milhões em 2028.

Em 2023, a China foi a 2.ª maior economia a nível mundial, de acordo com os dados da GlobalData Macroeconomic.

Dimensão e caracterização do turismo para o estrangeiro

Em 2019, a China foi o 1.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial, com 166 milhões de viagens (+11,0% face ao ano precedente). A quota alcançada foi de 7,8% relativamente ao mundo, e de 70,1% em relação ao continente asiático, antes da pandemia. 

Em 2020 registou uma quebra de 87,9% em resultado da pandemia, consolida-se esta tendência no ano seguinte, observando-se um decréscimo de 60,6% em 2021, invertendo-se em 2022 com um aumento ligeiro de 7,8%e  consolidado em 2023 com um aumento expressivo na ordem de 627,1%, observando-se um nível inferior face a 2019 de 56,3%. 

Em 2023, a China ocupou o 4.º lugar no ranking dos mercados emissores concentrando uma quota de 7,9%, totalizando 67 milhões de viagens. Nesse ano, nos fluxos de Outbond da China para os seus principais top 10 destinos, Hong Kong ocupa a 1.ª posição concentrando uma quota de 17,4%, seguem-se Macau (13,2%), Tailândia (6,3%), Japão (3,3%), Coreia do Sul (2,9%), Malásia (2,0%), EUA (1,5%), Emirados Árabes Unidos (1,4%), Indonésia (1,0%) e Alemanha 0,8%). Portugal posiciona-se no 29.º lugar com uma quota de 0,2% e no continente europeu ocupa o 12º lugar. 

Cerca de 83,7% do total dos fluxos de outbound estão concentrados no continente asiático, o continente europeu abrange 11,6%. As principais áreas emissoras de turistas internacionais coincidem com as chamadas cidades urbanas com maiores níveis de rendimento per capita e industrialização do país, como Shenzhen, Guangzhou, Shanghai e Beijing.

Por sua vez, 19,7% das viagens ao exterior realizadas pelos turistas chineses foram por via aérea, 73,4% reportaram a viagens por via terrestre e 6,9% através de viagens marítimas. A estada média no estrangeiro foi de 7,4 dias. Os turistas chineses que viajam em famílias, grupo, casais e individualmente, concentraram uma quota de 53,1%, 24,6%, 14,1% e 8,2% respetivamente, do total das viagens para o estrangeiro. A faixa etária dos 15 aos 24 anos é a mais representativa (quota 27,2%) seguida da faixa dos 25-34 anos (24,5%) e da dos 35-49 anos (18,0%).

A motivação Lazer nesse ano concentrou 75,4% do total das viagens dos residentes da China ao estrangeiro (inclui Lazer e Visit Friends and Relatives), a motivação de negócios totalizou uma quota de 20,6% e outros motivos os restantes 4,0%.
Em termos globais de sazonalidade, as deslocações dos residentes chineses ao estrangeiro, distribuem-se em: época alta (julho a setembro) com 26,3%, época baixa (janeiro, fevereiro, março, novembro e dezembro) com 41,8% e a época média com 31,9%.
Os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas chineses no estrangeiro diminuíram consideravelmente em 2020 devido ao impacto que o COVID-19 teve nas viagens ao exterior. O gasto total registou uma quebra anual de 86,9% face a 2019, registando um novo decréscimo no ano seguinte de 61,0%. 

Em 2022, os gastos totais ao estrangeiro por parte dos turistas com origem na China registaram um crescimento modesto de 5,3% face ao ano anterior, e em 2023 observou-se um aumento expressivo na ordem de 46,7%, mas registam um nível inferior ao observado em 2019 (43,9%). 

Nesse ano o mercado chinês ocupou a 2.ª posição, concentrando uma quota de 10,3%. Em 2019, em termos de gastos turísticos no estrangeiro, a China ocupou a 1.ª posição mundial com uma quota de 17,1%.

Os gastos no exterior com o Retalho registaram a quota de mercado mais elevada (29,6%), seguido dos gastos com o Transporte (16,2%), a Intermediação Agências de viagens e operadores (14,7%), da Restauração (11,2%) e do Alojamento (9,6%), em 2023. O gasto médio diário no exterior de viagem foi de 275,1USD.

Dimensão do mercado em Portugal

A China posiciona-se, em 2023, como o 17.º mercado turístico para o destino Portugal aferido no indicador hóspedes (quota: 1,0%) e o 22.º no indicador de dormidas (quota: 0,6%). Em 2023, o mercado chinês registou 187,3 mil hóspedes (var.23/22: +175,0%) que geraram 348,1 mil dormidas (+122,4%). Destaca-se como o 23.º mercado em termos de receitas turísticas com 112€ milhões (quota: 0,4%), registando um aumento de 73,9% comparativamente ao ano de 2021.

Relatório | Fluxos Turísticos para Portugal

Comparando 2023 com 2019, antes da pandemia, os valores ainda estão muito aquém nos principais indicadores que registam quebras no hóspedes (51,4%), dormidas (42,6%) e receitas turísticas (50,2%).

No indicador dormidas, a Grande Lisboa é o principal destino nacional dos turistas provenientes da China que visitam Portugal (53,7%), seguido do Norte (21,6%), Algarve (8,3%) e Península de Setúbal (5,7%).

Este foi o panorama da procura para Portugal observado no final do ano de 2023:

 

Perspetivas

As projeções mais recentes do FMI referem que a economia da China registará um crescimento de 5,2% em 2023, não obstante a atual conjuntura internacional ser desfavorável, conflito na Ucrânia e no Médio Oriente, o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas e bens intermédios. Para o ano de 2024 e 2025, perspetiva-se um crescimento inferior, mesmo assim relevante, na ordem de 4,2%.

De acordo com as estimativas da GlobalData, entre 2024 e 2027, as partidas internacionais dos turistas chineses ao estrangeiro deverão crescer a um CAGR de 6,0%, para chegar a um total de 203,0 milhões de partidas em 2027. Os gastos dos turistas deste país no exterior deverão aumentar a um CAGR de 10,5% para o mesmo período.

Segundo os dados da OAG Scheludes Analyser, tendo por base a temporada de verão de 2023 comparativamente a 2019 para o período entre 1 de abril a 30 de setembro de 2023, foi o seguinte número de lugares aéreos disponíveis da China para os principais destinos europeus: Reino Unido: 520 mil lugares (-9,8%); Alemanha: 410 mil lugares (-49%); Itália: 300 mil lugares (-11,1%); França: 200 mil lugares (-72,6%) e Espanha: 80 mil lugares (-55,8%).

Se compararmos a temporada de Inverno 2024 (entre 1 de outubro de 2023 a 31 de março de 2024) face ao período homólogo de 2019 prevê-se o seguinte número de lugares aéreos disponíveis da China para os principais destinos europeus: Alemanha 580 mil lugares (-21,1%), Reino Unido: 575 mil (-5,8%), Itália: 430 mil (+27,4%), França: 295 mil (-56,9%, e Espanha 130 mil ( -5,9%).

Os dados da Forwardkeys relacionados com as reservas indiciam que as previsões de passageiros com origem no mercado da China para Portugal reportadas ao período de março a agosto de 2024, deverão registar um acréscimo significativo (+447,0%) face ao período homólogo anterior.

 

Notícias de mercado

O turismo de cruzeiros da China teve um bom arranque

As estatísticas indicam que o turismo de cruzeiros na China teve um bom início durante o Festival da Primavera do Ano do Dragão. De acordo com dados da Fliggy, a plataforma de reservas de cruzeiros, incluindo cruzeiros nacionais e internacionais, aumentou 445% em relação ao ano anterior durante o feriado do Festival da Primavera. De acordo com dados do Ministério da Cultura e Turismo da China, durante o Festival da Primavera deste ano, houve aproximadamente 6,83 milhões de turistas entrando e saindo, com 3,6 milhões de turistas saindo e 3,23 milhões de turistas entrando, quase o mesmo que em 2019. A Academia de Turismo da China prevê que o número de turistas chineses que viajam para o exterior atingirá 130 milhões até 2024. O mercado de cruzeiros atraiu a concorrência de empresas internacionais de cruzeiros. A Royal Caribbean anunciou que fornecerá mais de 130 itinerários de cruzeiros internacionais aos consumidores chineses de 2025 a 2026, liderando o desenvolvimento acelerado do turismo de cruzeiros na China.

25.04.2024 - www.tourism-review.com

Quase 3 milhões de viagens de entrada e saída para a China nos meses de janeiro e fevereiro de 2024

Nos primeiros dois meses de 2024, a China registou 2,95 milhões de viagens de entrada e saída efetuadas por estrangeiros, segundo os dados da Administração Nacional de Imigração. Em 2023 foram alcançados 41,5% do nível anterior à pandemia da COVID-19. As mudanças devem-se em parte à recente expansão da China nos países isentos de visto. Olhando para o futuro, a China tomará medidas para remover obstáculos e abordar questões relacionadas com a cultura e o turismo, em particular, tornando o processo de pagamento mais conveniente em locais turísticos, locais de espetáculos culturais e hotéis.

Mercado chinês com bons sinais de recuperação para 2024

Neste terceiro trimestre de 2024, as viagens internacionais provenientes da China deverão aumentar 7 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2023, com base nas reservas atuais e futuras. É um sinal encorajador de recuperação contínua do mercado chinês. Na Europa, as chegadas chinesas recuperaram para três quartos do volume pré-COVID-19, com as Américas ainda mais atrás, com cerca de metade das chegadas de 2019. Em contrapartida, África e Médio Oriente já registam chegadas da China apenas ligeiramente abaixo dos níveis de 2019. A capacidade aérea da China para destinos externos está aumentando, atingindo 71% dos níveis de 2019 no primeiro trimestre de 2024. Políticas de vistos mais permissivas estão tendo um efeito positivo, assim como políticas governamentais de apoio destinadas a revitalizar o setor doturismo. As famílias chinesas aumentaram os seus gastos em atividades culturais e de lazer, refletindo um interesse crescente em viagens, o que deverá conduzir a uma recuperação contínua até 2024.

04.03.2024 - www.forwardkeys.com

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Tiago Brito

Tiago Brito

Coordenador da equipa no mercado

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