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Publicação

maio 13, 2022
Pedro Pereira
European Travel Comission

European Tourism Trends & Prospects | Q1/2022

turismo internacional

O turismo europeu aparenta permanecer resiliente face a uma conjuntura marcada pela incerteza económica, pandémica e geopolítica. O conflito russo-ucraniano em curso levou a uma forte crise de petróleo e gás. O aumento dos preços da energia e das matérias-primas, que estão a impulsionar a inflação, aumentou os custos das empresas, interrompeu as cadeias de abastecimentos e pode afetar negativamente os potenciais gastos dos consumidores durante grande parte de 2022. Neste momento, é grande a incerteza sobre até que ponto o choque do preço do petróleo poderá vir a pesar no setor de viagens e turismo devido ao elevado nível de dependência da energia. Se o conflito se prolongar no tempo, o impacto pode-se vir a traduzir no aumento dos custos de transporte, enquanto os turistas provavelmente explorarão destinos mais próximos de casa e procurarão reduzir os gastos com viagens.

Os dados mais recentes sugerem que, em 2021, as chegadas de turistas internacionais ficaram 61% abaixo dos níveis pré-pandemia. As perspetivas permanecem sombrias em termos de crescimento global, no entanto, em 2022, as chegadas à Europa devem ficar 30% abaixo dos volumes registados em 2019, sobretudo apoiadas nas viagens domésticas e de curta distância. Prevê-se que as viagens domésticas recuperem totalmente em 2022, enquanto as viagens internacionais apenas devem exceder os níveis de 2019 em 2025. A incerteza sobre possíveis novas variantes da Covid-19, ou novos surtos e uma situação de guerra prolongada na Ucrânia que afeta mais diretamente as viagens para países vizinhos, podem dificultar a recuperação do turismo europeu este ano.

Apesar de permanecerem em terreno negativo, os dados acumulados de 2022 até ao momento, mostram que em todos os destinos reportados, estima-se que as chegadas estejam cerca de 43% mais baixas que o mesmo período de 2019, no entanto, uma melhoria em relação à queda de 60% observada no trimestre anterior. As recuperações mais rápidas com base nos dados de fevereiro foram reportadas pela Sérvia (-11%) e Turquia (-12%). Outros destinos que estão a recuperar a bom ritmo são a Bulgária (-18%), Áustria (-33%), Espanha e Mónaco (ambos -34%) e Croácia (-37%) em relação a 2019.

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