Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel - Wave 17 | 2023

A ETC publicou o 17.º relatório, de um conjunto iniciado em setembro de 2020, com o objetivo de avaliar as intenções de viagens de curto prazo dos viajantes europeus em dez mercados de origem, para melhor compreender e responder ao impacto da pandemia Covid-19 nas viagens para a Europa. O relatório fornece informações sobre as preferências de viagem dos inquiridos, incluindo tipos de destinos e experiências, períodos de férias e principais preocupações relacionadas com as viagens a realizar nos próximos meses.

Os resultados deste 17.º momento do inquérito da ETC Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel foram obtidos em setembro de 2023, num contexto em nada diferente do anterior, que já vinha sendo marcado pela continuação da situação de guerra na Ucrânia e pelas tensões inflacionistas que se continuam a sentir por toda a Europa, com a subida generalizada dos preços dos bens de consumo e dos serviços a imporem-se como a maior das presentes preocupações dos europeus. Neste período consolidou-se a reabertura dos mercados/destinos asiáticos, após um longo período de isolamento aos restantes mercados mundiais, bem como o aumento progressivo da capacidade aérea a nível mundial. 

Apesar da situação de crise, o resultado do inquérito é otimista e reflete uma sólida vontade dos europeus continuarem a viajar. 

Principais conclusões:

• o sentimento em relação às viagens por parte dos europeus continua a confirmar patamares elevados, com quase 3 em cada 4 europeus (68%) a planearem viajar até março de 2024, o que representa uma quebra de -1% face ao período anterior. Os europeus com idades superiores a 35 anos são os que afirmam uma maior vontade em viajar (71%);
• a parcela de viajantes que pretendem gastar até 1.000 euros (44%) cai em comparação com o ano anterior (-9%), enquanto a parcela dos que têm um orçamento superior a 1.500 euros aumentou em 7% (34%).
• as viagens de negócios e relacionadas com eventos estão em crescimento (+8%);
• entre os principais motivos de escolha dos destinos, no momento presente, encontram-se o clima favorável (19%), a realização de bons negócios (preços competitivos) (17%) e o facto de serem destinos acolhedores (12%);
• com o final do verão, o produto Sol e Praia deixou de ser o principal o tipo de viagem de lazer preferido dos europeus, sendo agora apenas o quarto tipo de viagem de férias, entre os mais preferidos (12,6%). O novo líder são os city breaks (19,3%), seguido de Cultura e Património (16,7%) e do turismo de natureza (13,5%). Desfrutar de paisagens naturais, provar a gastronomia local e a imersão na cultura local são agora as experiências mais procuradas pelos viajantes.

O custo das viagens é, de longe, a principal preocupação para os europeus que se afirmam prontos para viajar. Uma parte significativa dos inquiridos (22%) manifestou preocupação com o aumento dos custos das viagens devido à inflação e 16% com a situação económica e da sua situação financeira. O fator que ganhou maior importância relativa foi a ocorrência de fenómenos atmosféricos extremos, que duplicou, passando de 7% para 14%. A guerra na Ucrânia surge a seguir enquanto motivo de preocupação em relação às viagens (11%). A possibilidade de alteração súbita das medidas relativas à Covid-19 já é manifestada apenas por 5,7% dos inquiridos.

De forma a poderem continuar a viajar, os europeus parecem estar dispostos a reorientar as prioridades dos seus orçamentos familiares, designadamente, através da opção por viajar cada vez mais fora da época alta (22%, + 5% do que no momento anterior), escolha de destinos menos caros (13%), reserva antecipada de voos e atividades a desenvolver no destino (13%), nos procedimentos prévios à viagem. Já no destino propõe-se a gastar menos em compras (17%) e a escolher meios de alojamento e restaurantes menos caros (15%).

Conheça o relatório completo: Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel - Wave 17 | 2023.