O caminho para a descarbonização no setor de alojamento

A 26.ª Conferência sobre Mudança Climática da ONU (COP26) em Glasgow teve lugar num contexto de uma pandemia global. A Covid-19 tem sido e continua ainda a ser devastadora para comunidades em todas as regiões mundiais. À medida que algumas regiões do mundo começam a recuperar lentamente do impacto da pandemia, um outro desafio global e de resto prévio à Covid-19, requer atenção urgente. As alterações climáticas não estão a abrandar e o seu impacto é cada vez mais sentido em todo o mundo. Nessa medida, precisamos de reconstruir um mundo melhor e mais “verde”.

Um estudo recente da EY Parthenon, OC&C e Booking.com mostra como o setor do alojamento pode atingir o objetivo de “emissões zero” líquidas até 2050. Os meios de alojamento são responsáveis ​​por 264 milhões de toneladas métricas (Mt) de emissões diretas e controláveis ​​equivalentes a CO2, refletindo cerca de 10% do total de emissões anuais do setor de turismo.

Os meios de alojamento terão de investir 768 mil milhões de euros nas próximas duas décadas: 243 mil milhões de euros para investimentos para evitar a emissão de gases de efeito estufa e 525 mil milhões para proceder à compensação dos restantes tipos de emissões.

Embora a descarbonização do setor do alojamento seja um grande desafio para um setor particularmente atingido pela Covid-19, a boa notícia é que há um grande potencial para obter significativas reduções de custos, diretamente associadas à redução das emissões.

As medidas necessárias para alcançar o objetivo definido representam cerca de 76% do potencial total de redução e proporcionam um dividendo duplo às empresas de alojamento. Levam à redução das emissões e simultaneamente permitem a redução dos custos operacionais. Esta situação pode funcionar como um estímulo para as empresas do setor para aproveitarem a oportunidade para responder à chamada de ação urgente e alcançar progressos na sua descarbonização.

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