O enoturismo tem-se afirmado como um dos produtos mais dinâmicos da atividade turística, ao conjugar a tradição vitivinícola com a descoberta cultural e paisagística de cada região. Mais do que uma simples prova de vinhos, esta atividade proporciona ao visitante o contacto direto com a história, os métodos de produção e o património local, valorizando a autenticidade dos territórios e promovendo a sua identidade. Além disso, contribui para a diversificação da oferta turística, atraindo viajantes interessados em experiências diferenciadas e sustentáveis.
Em Portugal, a última década foi marcada por um crescimento significativo do enoturismo. Cada vez mais produtores e adegas têm investido em estruturas de acolhimento, visitas guiadas, provas comentadas, restaurantes e até unidades de alojamento integradas nas propriedades vinícolas. A maioria das diferentes regiões têm vido a consolidar a respetiva posição como destino de referência para quem procura aliar turismo e vinho. Este crescimento teve reflexo positivo, vejam-se alguns indicadores recolhidos junto das empresas:
Nº médio de colaboradores: 22
N.º médio de colaboradores afetos à atividade de enoturismo: 4,5
% de colaboradores de enoturismo com formação em turismo: 55%
% de procura externa: 61% (predomínio de EUA e Brasil)
O desenvolvimento do enoturismo em Portugal nos últimos 10 anos resultou, igualmente, de iniciativas conjuntas entre produtores, rotas de vinhos e entidades regionais e nacionais. Essa articulação contribuiu para criar uma oferta mais organizada e competitiva, capaz de responder às exigências de visitantes nacionais e estrangeiros. É esse desenvolvimento e a obtenção de um estado da arte atualizado que impele o Turismo de Portugal a obter junto das empresas a informação mais atualizada e fidedigna em cada momento, tal como agora sucede.