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Publicação

abril 04, 2022
Pedro Pereira
European Travel Comission

Restarting Tourism for the Better: Perfomance of European Tourism before, during & after Covid | 2022

tendências

A ETC – European Travel Commision divulgou mais um estudo sobre o desempenho do setor turístico europeu antes, durante e depois do Covid-19. Este estudo tem a designação de “Restarting Tourism for the Better: Perfomance of European Tourism before, during & after Covid”.

Década 2010-2019

O período 2010-2019 é referido como a idade do ouro do setor do turismo europeu. As chegadas de turistas internacionais e as receitas do turismo aumentaram significativamente durante este período. O crescimento do setor foi sólido e constante foi, tanto ao nível mundial como europeu. Durante este período, o turismo global cresceu de 956 milhões para 1,46 mil milhões nas chegadas internacionais e as receitas do turismo internacional subiram de 865 mil milhões de euros para 1,3 biliões de euros.

Em 2019, a Europa foi a principal região turística do mundo, atraindo mais de metade (51%) de todas as chegadas de turistas e gerando 39% das receitas totais do turismo mundial. No período 2010-2019, o turismo europeu cresceu de 491 milhões para 746 milhões de chegadas, uma taxa média de crescimento anual de 4,7%, e as receitas do turismo passaram de 322 mil milhões de euros para 511 mil milhões de euros. Em 2019, o setor de viagens e turismo representou 9,5% da economia europeia, gerando 22,6 milhões de empregos - mais de 11% do emprego na UE.

Dos 10 principais destinos do mundo por chegadas de turistas internacionais em 2019, 5 destinos estavam na União Europeia: França, Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido. Estes 5 destinos foram responsáveis ​​por 42% de todos os chegadas de turistas à Europa.

Covid-19: O mundo e as viagens pararam

A pandemia de Covid-19 teve um impacto sem precedentes no turismo global. Em 2020, as chegadas à Europa caíram 68%, de 746 milhões para 236 milhões, enquanto as receitas turísticas caíram 60%, para 205 mil milhões de euros. Em 2021, as chegadas de turistas internacionais à Europa caíram 63%, em comparação com 2019. Das diferentes regiões mundiais, a Europa e as Américas foram as menos afetadas em 2020 e 2021. No caso da Europa, isso resultou da aplicação de medidas menos restritivas e proximidade entre os países membros da União Europeia.

Embora 2021 tenha tido um início lento e tenha sido um ano desafiador para o turismo europeu, teve como aspeto positivo o de marcar o início da recuperação do turismo, impulsionado pelas viagens domésticas e intra-europeias de proximidade. Em contraponto, as dormidas de hóspedes de longa distância caíram 76% em 2020 e 2021, enquanto as dormidas de hóspedes domésticos caíram 41%, em 2020 e apenas 16%, em 2021, sempre em comparação com 2019. Além disso, a proporção de chegadas de turistas intra-europeus subiu de 77% em 2019 para 85% em 2021.

Desde o início da pandemia, governos e autoridades nacionais de turismo têm desempenhado um papel fundamental no apoio da recuperação do setor do turismo. Esses esforços incluíram auxílios às empresas de turismo, proteção dos empregos, implementação de medidas de saúde e segurança, publicação de dados e orientações, abertura de fronteiras, harmonização e coordenação de protocolos e estímulos à procura.

Ao longo deste período, o sentimento de viagem dos europeus manteve um alto nível de resiliência. O último inquérito, sobre este assunto, realizado pela ETC em dezembro de 2021, revelou que, apesar do surto da variante Omicron, 61% dos europeus planeavam viajar no primeiro semestre de 2022, em comparação com 54% no inquérito realizado em dezembro de 2020.

Previsão de recuperação do turismo europeu

O turismo europeu está lentamente a fazer o caminho da recuperação, impulsionado pela procura reprimida de viagens, pela consolidação do processo de vacinação, o levantamento gradual das restrições de viagens internacionais, a adaptação das empresas de viagens e do turismo e aos esforços de coordenação entre os países sobre protocolos de viagem. No entanto, o potencial de surgimento de novas variantes do COVID-19, as preocupações com questões geopolíticas e novas expectativas impulsionadas pelas alterações climáticas e questões ambientais lançam uma sombra sobre a velocidade e o curso do processo de recuperação do setor.

Espera-se que as viagens domésticas sejam as primeiras a recuperar, seguidas pelas viagens internacionais de lazer, viagens corporativas domésticas e finalmente pelas viagens corporativas internacionais. Assim, é provável que a recuperação do setor seja tão mais estável e rápida quão maior seja a dependência dos destinos em relação a viajantes domésticos e de curta distância. Os principais tipos de viagens de lazer que irão impulsionar a recuperação são: sol e praia, city break, natureza e ar livre, costa e mar, cultura e património e bem-estar e relaxamento.

O quadro geral que enforma a recuperação do setor é moldado por várias tendências de mercado, incluindo a procura reprimida de viagens à espera de ser desencadeada, o contínuo crescimento das viagens domésticas, viagens com maior permanência, novas preocupações dos viajantes e a reestruturação das viagens de negócios.

Reconstruindo melhor

À medida que o caminho para a recuperação vai decorrendo, vão surgindo novas e importantes oportunidades de crescimento e desenvolvimento. O turismo deve ser considerado uma prioridade na UE como motor de crescimento, inclusão social, transformação ambiental, bem-estar e auto-realização.

Entre outras políticas públicas, merecem especial atenção as seguintes:

  • Estimular a procura dos mercados doméstico e intra-europeu;
  • Acelerar a transição ecológica do setor;
  • Apoiar o reinício dos segmentos mais impactados (turismo urbano, viagens de longo curso);
  • Planear uma melhor distribuição espacial e desenvolvimento de experiências turísticas durante todo o ano;
  • Apoiar as empresas de turismo na adaptação à realidade em mudança.

Assim, as NTO’s são chamadas a construir uma estratégia e visão de longo prazo; adotar uma abordagem de desenvolvimento holística que incorpore pesquisa, formulação de políticas, formação, inovação e digitalização; garantir o financiamento básico para o seu trabalho; parceria com as partes interessadas relevantes; desenvolver serviços baseados em dados e promover a sustentabilidade. Ao apreender essas oportunidades e superar as principais barreiras, os destinos europeus podem entrar no caminho para uma rápida recuperação e trazer de volta a prosperidade para o setor turístico e para ad comunidades europeias residentes em destinos turísticos.

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