A ferramenta de tracking utilizada pela OAG que analisa a evolução da capacidade aérea à escala global continua a revelar boas indicações sobre a recuperação do tráfego aéreo desde o início do corrente ano. Os valores registados desde o início de 2023, têm vindo a ser sempre bastante superiores aos dos últimos 3 anos e têm-se gradualmente vindo a aproximar dos resultados de 2019 prevendo-se que os possa mesmo ultrapassar no início do 4.º trimestre do ano.
Na última semana de agosto verificou-se uma ligeira diminuição da capacidade aérea oferecida, que corresponde ao padrão habitual de anos anteriores, que corresponde ao final do período de férias no hemisfério norte.
Desde a 25.ª semana do ano (meados de junho) a programação das companhias aéreas veem oferecendo uma capacidade global que ultrapassa a marca dos 110 milhões de assentos por semana. A quebra de capacidade verificada na última semana e que se manterá nas próximas coincide com o período de férias de verão no Hemisfério Norte.
Cerca de dois terços da redução semanal da capacidade aérea face à semana anterior verificaram-se nos voos domésticos. Esta última semana a capacidade aérea em voos domésticos caiu para 66,6 milhões, abaixo dos 68,1 milhões da semana anterior. Permanece 0,8% acima da semana homóloga de 2019. Grande parte da queda na oferta de lugares em comparação com a semana anterior resultou de flutuações no mercado interno chinês, onde a capacidade de assentos diminuiu 1 milhão de lugares esta semana.
A capacidade das companhias aéreas internacionais diminuiu esta semana, de 46,4 milhões de lugares na semana anterior para 45,5 milhões de lugares na última semana, uma diminuição de quase 1 milhão de lugares. Ao nível global, o número de lugares internacionais diminuiu 6,4% em relação à mesma homóloga de 2019. Nas próximas semanas, espera-se que a capacidade internacional estabilize próxima dos 44,5 milhões de lugares por semana, antes de baixar para menos de 40 milhões de lugares na temporada de inverno da IATA.
No continente europeu e na 5.ª semana de agosto verificou-se um comportamento em baixa tanto no que respeita aos voos domésticos, como a voos internacionais, relativamente a igual período de 2019. As perdas maiores, sem surpresa, verificaram-se na Europa de Leste, com valores superiores a -20% para os voos internacionais, enquanto na Europa Ocidental as perdas situaram-se entre os -5% e os -9%.