A edição de 2024 contou com 1 120 respostas válidas, provenientes de agentes registados no RNAAT (Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística). Embora o número total de operadores ativos tenha atingido os 11 690, o universo efetivamente considerado foi de 7 408 agentes em atividade regular e sem incumprimentos, aos quais o inquérito foi dirigido. Os resultados apresentam uma margem de erro máxima de ±2,9 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.
A animação turística manteve-se marcada por empresas de pequena dimensão, com 41,2% a faturar até 50 mil euros anuais. A maioria dos operadores (76,1%) declarou desenvolver atividade ao longo de todo o ano, embora a sazonalidade permaneça expressiva: julho, agosto e setembro concentram os meses de maior procura. As atividades mais referidas foram as rotas temáticas e de descoberta do património (25,0%), as visitas guiadas (23,3%), os passeios marítimo-turísticos (14,7%) e as atividades de património etnográfico (12,5%). Os programas com mais de um dia de duração representaram 49,1%, evidenciando uma aproximação à maioria e uma evolução face a 2018 (34,2%).
A adesão a práticas de sustentabilidade continua limitada: apenas 10,1% das empresas reportaram alguma certificação e menos de um quarto desenvolveu ações ligadas à biodiversidade ou apoio às comunidades locais.
A procura, em 2024, continuou centrada no cliente individual (89,7%), com diminuição da intermediação por agências, alojamento ou grupos organizados. As faixas etárias mais frequentes foram os 25–34 e os 45–54 anos, com aumento da presença do grupo 55–64 anos. A procura internacional voltou a ser maioritária (65,8%), superando a nacional em todas as regiões, exceto no Centro. Os mercados mais frequentemente referidos foram o Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e França.