OMT: Europa, Médio Oriente e África lideram recuperação do turismo mundial | janeiro a julho de 2023

A edição de setembro de 2023 do Barómetro da OMT destaca a dinâmica de recuperação dos fluxos turísticos internacionais que nos primeiros sete meses de 2023 acentuou a dinâmica que já se sentia em 2022. Em destaque estão as regiões da Europa, Médio Oriente e África que lideraram destacadamente este processo de recuperação. Para estas regiões, os dados disponíveis mostram que todas elas já estão com perdas inferiores a 10% face ao período homólogo de 2019. Ao nível global, o nível de recuperação no período analisado fixou-se nos 84%, tendo sido registadas 700 milhões de chegadas internacionais, o que representa um aumento de 43% face a igual período de 2022.

O aumento de chegadas internacionais na Europa ficou a dever-se à conjugação de uma forte procura intra-regional e do incremento de fluxos turísticos com origem na América do Norte.

Estes resultados mostram que o turismo internacional continua no bom caminho para atingir 80% a 95% dos níveis pré-pandemia em 2023. As perspetivas para setembro-dezembro de 2023 apontam para a continuação da recuperação, de acordo com o último Índice de Confiança da OMT, embora a um ritmo mais moderado após a temporada de viagens compreendida entre junho e agosto, correspondente ao período de férias de verão no Hemisfério Norte. Estes resultados irão ser impulsionados pela procura ainda reprimida e pelo aumento da conectividade aérea, especialmente na Ásia e no Pacífico, onde a recuperação ainda é moderada. É esperado que a reabertura da China e de outros mercados e destinos asiáticos continue a impulsionar as viagens, tanto dentro da região como para outras partes do mundo.

Desafios à recuperação do turismo

Entre os fatores que podem condicionar o ritmo de recuperação do setor, não pode deixar de ser equacionado o ambiente económico desafiante que continua a ser um fator crítico na recuperação efetiva do turismo internacional em 2023. A persistência de inflação e o aumento dos preços do petróleo traduziram-se num aumento dos transportes e custos de alojamento. Estes fatores poderão pesar sobre os padrões de gastos no que resta do ano, com os turistas a procurarem cada vez mais oportunidades baseadas numa boa relação custo-benefício, viajando para destinos de proximidade e fazendo viagens mais curtas.

Também a ocorrência recente de um largo conjunto de fenómenos climáticos extremos, com ondas de calor, grandes incêndios e cheias a ocorrerem em vários destinos populares, podem levar à ponderação dos turistas no momento de escolha do seu próximo destino.

Saiba mais: World Tourism Barometer