Evolução da procura de transporte aéreo até à 4.ª semana de maio de 2023 – OAG

A ferramenta de tracking utilizada pela OAG que analisa a evolução da capacidade aérea à escala global continua a revelar boas indicações sobre a recuperação do tráfego aéreo no início do corrente ano. Face aos três anos anteriores, desde o final de 2022 e do tempo já decorrido em 2023, os valores da capacidade aérea disponível têm vindo a ser sempre bastante superiores aos de 2021 e de 2022, suplantando os resultados de 2020 a partir da 7.ª semana e aproximando-se gradualmente dos resultados de 2019.

Tomando como referência a semana que teve início a 22 de maio, registou-se um acréscimo de 750.000 lugares face à semana anterior. Note-se que este é o primeiro momento desde a primeira semana de 2020 em que a oferta global de lugares ultrapassou os 107.000.000. Face à semana homóloga de 2019, os resultados atuais estão apenas 3,9% abaixo.

Fonte: OAG

Contudo, verificam-se ainda diferenças no ritmo de recuperação entre a capacidade aérea disponibilizada em voos internos e em voos internacionais, sendo mais rápida nos primeiros.

Voos domésticos

Fonte: OAG

Desde o início do ano que a capacidade aérea para voos domésticos tem estado em linha, ou sido superior ao verificado nas semanas homólogas de 2019. Na presente semana (22 de maio) a oferta superou os 66 milhões de lugares, representando um acréscimo de 1,2% face à semana homóloga de 2019. 

Voos Internacionais

Fonte: OAG

A capacidade aérea internacional global nesta mesma semana aumentou para 41,5 milhões de assentos, um aumento de 0,4% em relação à semana anterior, mas 29% acima da semana homóloga de 2022, e apenas 11% abaixo da mesma semana em 2019, evidenciando o nível de progresso da recuperação internacional que teve lugar nos últimos 12 meses.

Refira-se que este aumento de capacidade se deve em grande parte à flexibilização das medidas anti-covid-19 implementadas pela China, e que tiveram consequência imediata nos voos da Ásia Central.

No continente europeu e na 4.ª semana de maio verificou-se um comportamento em baixa tanto no que respeita aos voos domésticos, como a voos internacionais, relativamente a igual período de 2019. As perdas maiores, sem surpresa, verificaram-se na Europa de Leste, com valores superiores a -20%, enquanto na Europa Ocidental as perdas já são pouco superiores a -5%. 

Saiba mais: Covid-19 Air Travel Recovery