Publicação
Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel - Wave 18 | 2024
A ETC publicou o 18.º relatório, de um conjunto iniciado em setembro de 2020, com o objetivo de avaliar as intenções de viagens de curto prazo dos viajantes europeus em 10 mercados de origem, para melhor compreender e responder ao impacto da pandemia Covid-19 nas viagens para a Europa. O relatório fornece informações sobre as preferências de viagem dos inquiridos, incluindo tipos de destinos e experiências, períodos de férias e principais preocupações relacionadas com as viagens a realizar nos próximos meses.
Os resultados deste 18.º momento do inquérito da ETC “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel” foram obtidos em abril de 2024, num contexto muito pouco diferente dos anteriores, marcados pela continuação da situação de guerra na Ucrânia e pelas tensões inflacionistas que sentem por toda a Europa, com a subida generalizada dos preços dos bens de consumo e dos serviços a imporem-se como a maior das presentes preocupações dos europeus, a que se juntou mais recentemente o conflito na Palestina, com todas as suas múltiplas consequências diretas e indiretas. Na atual conjuntura, os mercados turísticos das diferentes regiões mundiais já voltaram a estar plenamente abertos e a capacidade aérea à escala global já foi inteiramente recuperada face aos valores máximos pré-pandémicos.
Apesar da situação de crise, o resultado do inquérito é francamente otimista e reflete uma sólida vontade dos europeus continuarem a viajar, para mais quando se aproxima o período de férias de verão no Hemisfério Norte.
Principais conclusões:
- O sentimento em relação às viagens por parte dos europeus continua a confirmar patamares elevados, com 3 em cada 4 europeus (75%) a planear viajar entre maio e outubro de 2024, o que representa um aumento de 3% face ao ano anterior. Os europeus com idades superiores a 55 anos são os que afirmam uma maior vontade em viajar (81%), registando um aumento de 11% faca ao mesmo período do ano passado;
- A parcela de viajantes que planeiam gastar até 1.000 euros (42%) cai (-3%) em comparação com o ano anterior, enquanto a parcela dos que têm um orçamento superior a 1.500 euros diminuiu em 1% (36%);
- As viagens de negócios e relacionadas com eventos apresentam um ligeiro declínio, concentrado no segmento de negócios;
- Entre os principais motivos de escolha dos destinos, no momento presente, encontram-se a segurança (16%), o clima favorável (13%) e a realização de bons negócios (preços competitivos) (11%);
- Com o aproximar do verão, o produto Sol e Praia (20%) voltou a liderar as preferências entre as viagens de lazer dos europeus, seguido pelo segmento de Cultura e Património (15,4%) e do turismo de natureza (13,6%). Desfrutar de paisagens naturais (18,7%), provar a gastronomia local (17,1%) e a imersão na cultura local ( 15,2%) são agora as experiências mais procuradas pelos viajantes.
A difícil conjuntura económica é dominante entre as principais preocupações dos europeus no que se relaciona com a realização das suas próximas viagens. Os custos diretamente associados à realização das viagens é, de longe, a principal preocupação para os europeus que se afirmam prontos para viajar. Uma parte significativa dos inquiridos (22%) manifestou preocupação com o aumento dos custos das viagens devido à inflação e 17% com a situação económica e da sua situação financeira. A guerra na Ucrânia e os impactos ao nível da segurança da crise no Médio-Oriente surgem a seguir enquanto motivo de preocupação em relação às viagens (11,8% e 10% respetivamente). Um terceiro grupo de preocupações contempla aspetos como problemas de serviço devidos à ocorrência de greves ou falta de pessoal, o excesso de procura de determinados destinos e a ocorrência de fenómenos atmosféricos extremos.
De forma a poderem continuar a viajar os europeus parecem estar dispostos a reorientar as prioridades dos seus orçamentos familiares, designadamente, através da opção por viajar cada vez mais fora da época alta (17%, -5% do que no momento anterior), escolha de destinos menos caros (13%), reserva antecipada de voos e atividades a desenvolver no destino (12%), nos procedimentos prévios à viagem. Já no destino propõe-se a gastar menos em compras (19%) e a escolher meios de alojamento e restaurantes menos caros (15%).
Relatório completo: Monitoring Sentiment for Intra-European Travel | wave 18