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Publicação

abril 12, 2023
Pedro Pereira
Delloite , World Travel & Tourism Council

Intenção de viajar e de gastar permaneceu forte em 2022

tendências

Os cenários de recuperação do setor turístico à escala global são otimistas, esperando-se que os resultados a alcançar em 2023 estejam ao nível dos registados antes da pandemia. O regresso progressivo de tendências como janelas de reserva mais longas, viagens planeadas com bastante antecedência, e o retomar em força do turismo nas áreas urbanas, podem ser sinais de um regresso à normalidade. O regresso esperado dos viajantes chineses a destinos globais após o relaxamento das restrições impostas na China, deverá permitir o aumento ainda maior da procura global.

A hipótese de novos períodos de crise não deve ser descartada. O mundo e o setor enfrentam uma série de desafios, incluindo alta inflação, que pode afetar negativamente o rendimento disponível dos viajantes; choques geopolíticos, como o conflito Rússia-Ucrânia; escassez de pessoal e limitações de capacidade. Um possível ressurgimento da Covid-19 e do reerguer de restrições de viagem associadas, também não devem ser negligenciados.

Reconhecendo os possíveis riscos e o potencial de crescimento do setor, este relatório do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), realizado em colaboração com o Trip.com Group e a Deloitte Global analisa a natureza mutável do comportamento e das preferências dos consumidores. Destaca como a intenção de viajar e gastar permaneceu forte em 2022, apesar dos vários desafios. De acordo com a Deloitte Global State of the Consumer Tracker, em junho e julho de 2022, mais de metade (53%) dos consumidores globais disseram que planeavam ficar alojados num hotel nos próximos três meses. No outono, pretendiam manter a mesma parte do seu orçamento alocado para viagens de lazer, como no ano anterior, e estão dispostos a cortar primeiro noutras compras não essenciais.

Elaborado com ênfase sobre a intenção de viajar, este relatório mostra como os consumidores estão a priorizar os vários elementos da viagem, de forma a otimizarem os seus gastos com as viagens. Uma pesquisa do Skyscanner identificou que os viajantes estavam dispostos a poupar, escolhendo um destino onde a sua moeda seria mais valorizada. A experiência da pandemia resultou no surgimento de novas tendências e acelerou outras. A análise realizada neste relatório discute aspetos, como flexibilidade de reserva, a crescente influência das redes sociais na tomada de decisões e o interesse em viagens sustentáveis. Um inquérito da Trip.com revelou que quase três quartos dos entrevistados estavam dispostos a escolher opções de viagens sustentáveis no futuro.

Para além dos aspetos já mencionados, este relatório examina a resiliência das viagens de luxo e o futuro das viagens “combinadas”, designadamente o bleisure. De resto, esta era uma tendência que já estava em crescendo em 2021, mas evoluiu e ganhou expressão durante o ano de 2022.

Por último, são apresentados alguns dos destinos mais populares para os viajantes em 2022, com base nos dados de reserva do Trip.com e nas previsões do Trip.com e do Skyscanner, para os destinos que provavelmente terão maior procura em 2023. O relatório está estruturado de forma a refletir o percurso do viajante: da inspiração à escolha do alojamento e atividades, a considerações sobre sustentabilidade, para, finalmente, fazer uma reserva e chegar a destinos específicos.

Estudo completo: A World in motion:
shifting consumer travel trends in 2022 and beyond