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Publicação

abril 29, 2024
Nuno Lima , Pedro Pereira
Turismo de Portugal

Inquérito Enoturismo | 2022

Enoturismo

Na sua missão de estudar, compreender e difundir o conhecimento sobre as várias componentes do setor e atividades conexas, o Turismo de Portugal lançou uma operação estatística de larga escala sobre enoturismo, designadamente sobre as empresas produtoras de vinho que desenvolvem a atividade de receção de visitantes.

A última informação disponível recolhida através de uma operação estatística semelhante era de 2014, sendo importante a sua atualização, uma vez que nos últimos anos houve alterações significativas tanto na oferta como na procura deste tipo de atividade. O inquérito lançado às empresas registou uma taxa de resposta significativa de 50%, permitindo um elevado grau de fiabilidade quanto aos resultados obtidos. Tendo em consideração que este inquérito não era lançado há alguns anos, espera-se que em próximas edições se possa obter um grau de adesão das empresas superior, de forma a robustecer e a credibilizar ainda mais os resultados, o que permite um conhecimento mais aprofundado da realidade do setor, em cada momento.

O “retrato” obtido é o de uma atividade em profunda mutação, em aspetos como o cuidado com o grau de satisfação dos visitantes, a formação dos colaboradores, o modo como as empresas comunicam com o público-alvo ou a relevância crescente que a atividade de enoturismo tem ganho no quadro de empresas cujo core é a produção de produtos vinícolas.

O enoturismo está muito relacionado com a realidade global do turismo no território. Os estudos conhecidos referem que apenas 15-20% dos visitantes de unidades de enoturismo o fazem como atividade principal. A maioria dos visitantes integra a visita em deslocações turísticas mais abrangentes em que são valorizados outros atrativos turísticos como os paisagísticos, naturais ou gastronómicos, embora se verifiquem nuances regionais. Se no Norte e no Alentejo, o enoturismo já representa um motivo principal para um maior número de visitantes, no Algarve, Madeira e Lisboa constitui uma experiência, ou uma motivação secundária. Nos Açores esta atividade começa a ganhar uma dimensão relativa muito interessante, através da ligação à classificação da paisagem vinhateira da ilha do Pico classificada como Património da Humanidade da Unesco.

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