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Publicação

junho 23, 2022
Pedro Pereira
Statista

Statista: Digital Economy in the USA | 2022

tendências

Segundo um estudo divulgado pela Statista, a pandemia de Covid-19 afetou largamente o desempenho da esmagadora maioria das economias mundiais, incluindo, naturalmente a economia norte-americana, muito aberta e muito exposta à turbulência da economia mundial.


No entanto, e em resultado da aplicação de fortes pacotes de apoio governamentais à retoma da atividade económica, a economia norte-americana suportou o embate com uma redução de -3,4% do PIB em 2020, mas com recuperação imediata em 2021, +5,7%, prevendo-se uma subida contínua e sustentada, pelo menos até 2025.

Uma das consequências da alteração de comportamentos individuais e sociais foi a aceleração do processo de digitalização das relações económicas.

A Covid-19 acabou por se revelar um fator propiciador para o crescimento acentuado do processo de digitalização, com um crescimento sem precedentes do crescimento dos negócios digitais. No espaço de apenas um ano, entre 2019 e 2020, as receitas provenientes de negócios em suporte digital aumentaram +24%, estimando-se que este processo se continue a acentuar nos próximos anos. A concretizarem-se as previsões, os resultados dos negócios com recurso ao digital quase duplicarão os verificados em 2019.

Embora o surgimento da pandemia de Covid-19 tenha reforçado uma tendência que já se vinha verificando anteriormente de crescente digitalização de muitos serviços, segundo este estudo, a Covid-19 foi a principal razão para aderir ao digital, superando a facilidade de utilização e a proximidade. Os serviços relacionados com viagens e turismo posicionaram-se como a 4.ª indústria com maior taxa de crescimento no digital, durante a pandemia.

O número de utilizadores frequentes dos maiores fornecedores mundiais de serviços digitais, não pára de crescer. A comparação entre a população de alguns continentes e de utilizadores de alguns dos principais fornecedores de serviços online evidencia a relevância atual deste mercado. Considerando, não apenas, o atual nível de utilização, mas também as perspetivas de contínuo crescimento, este é um instrumento incontornável para o desenvolvimento da política de marketing de qualquer negócio.

Os maiores fornecedores mundiais de serviços digitais têm um domínio avassalador nas respetivas áreas de atuação: redes sociais, pesquisas e vídeo digital. O Facebook é o expoente máximo desta situação, controlando 90% do tráfego nas redes sociais, através das suas várias aplicações: Facebook, WhatsApp e Instagram, entre outras. Já a Google ocupa uma posição de mercado aproximada em matéria das pesquisas online. Por sua vez, o YouTube não tendo uma posição tão esmagadora, controla ainda assim, bem mais de metade do mercado de vídeo digital.

As maiores empresas mundiais de tecnologia, quase todas norte-americanas ou chinesas, não aliviaram os seus programas de investimentos durante o período pandémico. Pelo contrário, um número significativo destas empresas aumentou, ou pelo menos manteve, o nível de investimentos que já vinham fazendo no período pré-pandemia. A Google e a Tencent são os maiores exemplos desta situação.

Pontos-chave da economia digital norte-americana:

  • Em relação à revolução digital, os EUA foram e continuam a ser um pioneiro que continua a expandir a economia digital, tanto no mercado interno, como no mercado externo;
  • Longe de desacelerar essa tendência, a Covid-19 tornou-se um imparável impulso para a digitalização e impulsionou o crescimento sem precedentes dos negócios digitais, mudando a forma como conduzimos nossas vidas;
  • Gigantes tecnológicos dos EUA, como Facebook, Apple, Amazon, Microsoft, Netflix e Alphabet, dominam o mercado global, deixando pouco espaço para a concorrência;
  • Os especialistas vêm debatendo se o mercado de tecnologia está sobrevalorizado e se no futuro haverá o risco de se verificar uma bolha especulativa digital. Existe ainda a possibilidade de, no futuro, as maiores empresas tecnológicas chinesas virem a ultrapassar as norte-americanas.