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Publicação

novembro 21, 2022
Pedro Pereira
Expedia

A vontade de viajar sobrepõe-se à conjuntura negativa

tendências

O novo estudo do Expedia Group "Traveller Value Index" auscultou as preferências dos viajantes após a saída do período pandémico, mas marcado por uma conjuntura internacional complexa, com uma situação de guerra na Europa e com tendências inflacionistas que já não se registavam há trinta anos e com fortes implicações nos rendimentos das famílias.

O relatório dá enfase a 3 pontos principais:

1. Preferências duradouras;

2. Tendências temporárias;

3. Influência de fatores conjunturais. 

A pandemia obrigou a uma completa mudança de comportamentos, tanto por parte dos viajantes, como por parte das empresas fornecedoras de serviços turísticos. Os consumidores estão mais hesitantes em comprometer-se com planos a um prazo maior, o que tem implicações diretas na janela de reservas de viagens, coma as marcações a serem mais próximas das datas das viagens. Outro aspeto associado é o aumento das expetativas dos viajantes relativamente às viagens a realizar. Por outro lado, a indústria continua a debater-se com problemas de recrutamento de mão-de-obra e continua a ressentir-se de disfunções que persistem nas cadeias de abastecimentos.

A queda drástica nas viagens internacionais e do turismo de negócios é temporária. À medida que o mundo se volta a abrir totalmente e as empresas adotam novas políticas de trabalho, a indústria espera um ressurgimento nas duas áreas de viagem em 2023.

Uma combinação de restrições sanitárias e hesitação dos consumidores contribuiu para uma forte redução das viagens internacionais. Mas este é um cenário que já começou a ser alterado. Cerca de metade dos consumidores, provavelmente, reservará ou já reservou uma viagem internacional para os próximos 12 meses - e as gerações mais novas - Millenials e Geração Z – são ainda mais propensas a fazê-lo. Este é um considerável aumento em relação ao ano passado e um sinal importante de que este tipo de as viagens estão a recuperar.

No momento em que saímos dos piores períodos da pandemia, as pessoas estavam ansiosas para viajar e estavam dispostos a pagar mais por isso. No Traveler Value Index do ano passado, os consumidores classificaram as reservas reembolsáveis ​​e limpeza aprimorada acima do preço.  O fator preço, numa análise ano-a-ano, foi o que teve uma maior alteração. Os preços baixos reapareceram no topo da lista no momento da reserva, com 27% das pessoas a afirmarem que é o fator que mais valorizam ao reservar a viagem. Reforçando este aspeto, os consumidores também afirmam que a inflação já está a impactar os seus planos de viagem.

Em contraste, os profissionais da indústria subestimam o impacto da inflação e a sensibilidade atual dos consumidores ao preço. Em todos os modos de viagens, alojamentos e atividades, os preços baixos estão dentro das principais considerações para os consumidores, juntamente com políticas flexíveis e taxas reembolsáveis, no entanto os profissionais de viagens, não classificam o preço entre as três principais preocupações dos viajantes.

 

Relatório completo - Traveller Value Index