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Publicação

abril 10, 2023
Pedro Pereira
ForwardKeys

6 tendências para as viagens em 2023

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A recuperação de viagens durante o ano de 2022 foi bastante positiva, ainda que afetadas por desafios que já existiam à escala global como o aumento da escalada das tensões geopolíticas, incluindo uma situação de guerra na Europa, uma crise energética global e uma situação de inflação na maior parte das principais economias mundiais. Essas questões, e a incerteza que geram no mercado de viagens, deverão continuar durante grande parte do ano de 2023.

No entanto, os dados mais recentes da ForwardKeys apontam para um futuro repleto de bons resultados para o setor, muito ajudado pela reabertura do mercado chinês, a continuação de uma forte procura reprimida em consequência da pandemia e a resiliência do mercado de mais elevados rendimentos.

Eis as principais tendências e oportunidades que se aguardam para 2023:

1- Regresso aos níveis pré-pandémicos nas chegadas internacionais

À escala global e como resultado do prolongado encerramento dos mercados asiáticos, com a China no topo, os resultados que se preveem para o primeiro semestre são ainda substancialmente inferiores aos de igual período de 2019, 27% abaixo, sendo que em 2022 foram de -44%. Segundo as estimativas a Europa, a par das Américas, serão as segundas regiões que mais recuperarão face a 2019, registando perdas de 20%, relativamente a 2019.  Os destinos de sol e praia continuam a liderar as preferências nos países europeus, sendo os mais resilientes. Neste Top-10 de destinos europeus, Portugal ocupa a 3ª posição, estimando-se um aumento de procura de +5% face ao registado no primeiro semestre de 2019.

 

2- Limites de capacidade e disrupção nas viagens

Apesar dos níveis de reservas estarem a recuperar para níveis próximos dos verificados em 2019, são vários os fatores que têm dificultado a recuperação. Além da já referida conjuntura internacional, marcada pela crise económica e pelas tensões geopolíticas, também fatores intrínsecos ao setor, como a escassez de pessoal e as limitações da capacidade aérea continuarão a ser um desafio para dar resposta à procura e permitir a recuperação plena.

3- Regresso em pleno da região Ásia-Pacífico

Depois de meses de números muito reduzidos de chegadas internacionais, o panorama está a melhorar para alguns destinos na região Ásia-Pacífico. A decisão da China de abandonar a sua política de “Covid zero” desencadeou um aumento nas reservas de voos, de acordo com os dados mais recentes da ForwardKeys. No entanto, estima-se que levará muitos meses até que grandes quantidades de turistas chineses comecem a chegar aos aeroportos ocidentais, devido às restrições de viagem ainda em vigor para viagens internacionais a partir da China, a uma capacidade de voo limitada e a tarifas aéreas relativamente elevadas.

4- Segmento de luxo em alta

É uma evidência que os viajantes demonstram uma vontade crescente de gastar mais em serviços e experiências de viagem agora que as limitações desapareceram, conforme refletido pela rápida recuperação das classes premium em 2022. Esta é uma boa notícia não apenas para as companhias aéreas, mas também para os destinos e empresas de turismo. O ritmo de reservas em classes mais exclusivas puxaram pelo setor em 2022 e continuarão a fazê-lo em 2023. Complementarmente, a emergência de novos mercados premium na América Latina, contribuirão para o reforço da procura deste segmento pelos destinos europeus.

5- Relevância da comunicação e da gestão de crises

A extrema volatilidade da situação política internacional com a ocorrência de vários conflitos regionais, países com situações políticas internas marcadas pela conflitualidade o a ocorrência de desastres e catástrofes naturais ocorridas recentemente são fatores que frequentemente impactam negativamente sobre os mercados de origem da procura turística. De modo a evitar perdas maiores, é da maior importância que os destinos afetados tenham uma comunicação clara e sistemática capaz de dissipar dúvidas e receios nos potenciais viajantes.

6- Necessidade de informação atualizada

Num cenário da incerteza, o valor da informação e do conhecimento em turismo é ainda mais relevante. Com a recuperação de muitos dos principais mercados emissores internacionais em 2023, os destinos terão a beneficiar ao centrarem as suas atenções nos mercados de alto potencial. Uma estratégia poderá passar pela identificação de mercados e segmentos de maior rendimento, que tendem a favorecer estadias prolongadas ou adquirir serviços de viagem premium, resultando num maior impacto económico. Em última análise, e porque 2023 parece destinado a ser outro ano volátil para a indústria, destinos que sejam capazes de aproveitar o conhecimento serão mais ágeis nas respostas e estarão mais capacitados para alcançar melhores resultados.

Aceda ao relatório completo: What’s on the cards for travel in 2023?