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Voos domésticos ultrapassam valores homólogos de 2019
A ferramenta de tracking utilizada pela OAG que analisa a evolução da capacidade aérea à escala global continua a revelar boas indicações sobre a recuperação do tráfego aéreo no início do corrente ano. Face aos três anos anteriores, os valores de final de 2022 e início de 2023, têm vindo a ser sempre bastante superiores aos de 2021, suplantaram os resultados de 2020 a partir da 12.ª semana e têm-se gradualmente vindo a aproximar dos resultados de 2019.
A 4.ª semana de janeiro tornou-se um marco importante dado que foi ultrapassado o valor máximo da capacidade aérea para voos domésticos.
Fonte: OAG
Na 4.ª semana de janeiro, a capacidade global das companhias aéreas foi de 96,5 milhões de assentos, o que representa um crescimento de 1,5% face à semana anterior, ou 1,4 milhões de assentos extras disponíveis no mercado. Neste momento, a capacidade global está 30,8% acima relativamente à semana homóloga de 2022, mas permanece 7,7% abaixo relativamente à semana homóloga de 2019, ainda antes da pandemia ter assumido uma dimensão global.
A programação atual das companhias aéreas tem uma capacidade global que ultrapassa a marca dos 100 milhões de assentos para a semana de 20 de fevereiro, já daqui a apenas 3 semanas. A aparente quebra de capacidade que se prevê para o final de março é reflexo da passagem para o horário do verão de 2023 e do facto de ainda não terem sido registados todos os horários das companhias aéreas para esse período. É, portanto, uma tendência que pode vir ainda a ser invertida.
Voos Domésticos
Fonte: OAG
Pela primeira vez desde janeiro de 2020, a capacidade doméstica global excedeu a capacidade na semana homóloga de 2019. Com um total de 63,5 milhões de assentos, o que representa apenas um aumento de 400.000, ou 0,6%, a mais do que em 2019, mas fica registado como um marco na recuperação da aviação comercial.
Voos internacionais
Fonte: OAG
A capacidade aérea internacional global nesta mesma semana aumentou para 33 milhões de assentos, um aumento de 1,4% em relação à semana anterior, mas 59% acima da semana homóloga de 2022, demonstrando o nível de progresso da recuperação internacional que teve lugar nos últimos 12 meses. Refira-se que este aumento de capacidade se deve em grande parte à flexibilização das medidas anti-covid-19 implementadas pela China, e que tiveram consequência imediata nos voos da Ásia Central.
No continente europeu e na 4.ª semana de janeiro verificou-se um comportamento em baixa tanto no que respeita aos voos domésticos, como a voos internacionais, relativamente a igual período de 2019. As perdas maiores, sem surpresa, verificaram-se na Europa de Leste, com valores superiores a -20%, enquanto na Europa Ocidental as perdas situaram-se entre os -15% e os -20%.
Europa – Total de lugares na 4.ª semana de janeiro (var.23/19)
Região |
Cap. aérea doméstica |
Cap. aérea internacional |
Europa Ocidental |
-18,8% |
-14,2% |
Europa de Leste |
-22,7% |
-24,9% |
Fonte: OAG
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