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China recupera ímpeto na procura por viagens internacionais
Em 2023, com a consolidação da Ásia e a recuperação do Pacífico após a pandemia, a China voltou a ser o país que mais gastou em turismo internacional: 196,5 mil milhões de dólares. Recorde-se que em 2022, a lista dos países que mais gastaram tinha sido liderada pelos EUA.
Segundo os dados mais recentes da UN Tourism, em 2023, as chegadas de turistas internacionais atingiram 89% dos níveis de 2019 e, no 1.º trimestre de 2024, atingiram 97% desses níveis. As previsões existentes apontam para uma recuperação total do turismo internacional durante 2024, com as chegadas a crescerem 2% acima dos valores de 2019, apoiadas por 3 fatores: forte procura, melhoria da conectividade aérea e recuperação contínua da China e de outros grandes mercados asiáticos.
Mesmo que os números de 2019 ainda não tenham sido alcançados, os turistas chineses estão de volta aos mercados internacionais. Com um total esperado de 87 milhões de viagens internacionais (excluindo Hong Kong, Macau e Taiwan), eles farão o triplo das viagens que realizaram em 2023. Estima-se que no final do ano se verifique uma margem próxima dos 10%, para menos, do que o verificado em 2019.
Principais destinos dos turistas chineses
Quando se trata de viajar para destinos internacionais, a Europa ainda está longe das primeiras preferências dos turistas chineses, o que se deve a um amplo conjunto de fatores, entre os quais se destacam a rigidez dos procedimentos burocráticos, a reduzida oferta de capacidade aérea e o elevado custo dos voos de longo curso. Em contraste, o Japão e os países do Sudeste Asiático parecem ter a primazia nas escolhas. O Japão beneficia conjunturalmente da fraqueza da sua moeda e dos preços baixos daí resultantes. Ao mesmo tempo, as preferências de viagem dos chineses estão a mudar. Em vez de viajar em grupos, os turistas chineses estão a viajar individualmente com maior frequência, e a procurar novos segmentos de mercado, como o turismo de saúde, bem-estar e gastronómico. Em contraponto, os produtos padronizados estão a ser menos procurados, especialmente pelos turistas mais jovens que querem fazer as suas próprias coisas e decidir por si mesmo o que querem visitar.
Os social media também estão a influenciar estas mudanças e a tornar destinos e experiências completamente novos em produtos repentinamente atraentes. A possibilidade de desfrutarem de experiências autênticas, incluindo as gastronómicas, estão agora no topo da lista de motivos para viajar para os chineses.
Fontes: fvw Travel Talk; Un Tourism