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Publicação

abril 21, 2023
Pedro Pereira

Dom Pedro Golf na rota da sustentabilidade

sustentabilidade Golfe boas práticas

O Grupo Dom Pedro é detentor de cinco campos de golfe, em Portugal, todos no Algarve, mais concretamente em Vilamoura. A preocupação com o ambiente é algo que está presente na sua gestão, e nessa medida, o grupo tem bem ciente a relevância da adoção de práticas sustentáveis, que permitem a preservação do meio ambiente para as futuras gerações, com uma utilização racional de recursos. Para além disso, os praticantes de golfe são normalmente pessoas próximas da natureza, o que reforça a imagem do grupo, com implicações financeiras positivas a médio e longo prazo.

De modo a reforçar os objetivos ambientais de longo prazo da marca, todos os campos de golfe Dom Pedro são regularmente avaliados e monitorizados para aumentar a sustentabilidade, bem como a qualidade da experiência de quem neles joga. Um dos principais focos é o consumo de água, com o objetivo de, em todo o resort, reduzir o consumo para metade. Além disso, o resort está a trabalhar para reduzir o uso de energia, pesticidas e fertilizantes, além de identificar áreas para a conservação de importante avifauna local.

O Dom Pedro Laguna Golf Course, em Vilamoura, foi o campo escolhido para ser o primeiro a ser alvo de uma intervenção profunda. Originalmente projetado pelo arquiteto americano, Joseph Lee, está localizado num terreno relativamente plano e aberto, com muitos obstáculos de água. Muitas vezes é considerado diferente dos outros quatro campos vizinhos, todos propriedade do Grupo, e uma peça fundamental no diversificado portfólio de golfe do resort.

O processo de requalificação do Dom Pedro Laguna teve início a 30 agosto 2020, tendo ficado concluído a 31 agosto 2022. O que verdadeiramente distingue este projeto de intervenção no nosso país e numa referência internacional é o facto de ter como objetivo principal a sustentabilidade ambiental, ao contrário do que é habitual em intervenções deste tipo que privilegiam a obtenção da máxima qualidade com o menor impacto ambiental. Mas, neste caso, optou-se por apostar na máxima sustentabilidade ambiental com a melhor qualidade possível, tendo um impacto direto em todas as escolhas realizadas.

A intervenção incidiu em 5 áreas essenciais:

As áreas relvadas foram completamente substituídas, recaindo a opção sobre a espécie Bermuda, para a totalidade do campo, designadamente, em todos os greens, fairways e tees. Este é de resto um tipo de relva já correntemente utilizado noutros campos portugueses, escolhido por ser menos exigente do ponto de vista hídrico. A novidade consiste no facto, de pela primeira vez, em Portugal, esta mesma espécie cobrir todas as diferentes áreas do campo. A utilização deste tipo de relva parece especialmente acertada para uma região como o Algarve, uma vez que tem uma elevada tolerância ao calor e à seca e a um elevado nível de utilização. 

O resultado foi um campo melhorado do ponto de vista estético e com maior eficiência hídrica, capaz de proporcionar uma elevada qualidade durante todo o ano.

Em complemento, o campo foi equipado com um sistema de irrigação - Rain Bird IC - totalmente novo instalado que permitirá aumentar a cobertura e reduzir o consumo de água até 30% em toda a superfície de jogo. 

Antes desta intervenção de largo espectro, o Laguna Golf Course era um campo especialmente rico em biodiversidade de avifauna, dada a sua localização e os inúmeros espaços aquáticos que o rodeiam. Contudo, esta intervenção focou-se na população de lontras. Este pequeno mamífero que pode ser visto com frequência neste campo. Um trabalho conjunto com o Zoomarine, levou à opção pela criação de uma zona aquática protegida do contacto humano, onde os espécimes residentes se pudessem sentir acolhidos e protegidos de dia para dia, ao ponto de se fixarem. Assim, foi criada uma ilha artificial no centro de um dos maiores lagos.

Espera-se que tal como em vários outros campos de golfe algarvios em breve possa começar a ser utilizada água reciclada tratada (ApR), o que reduzirá significativamente a necessidade de recurso aos sistemas de abastecimento tradicionais, diminuindo a pressão sobre a rede de abastecimento público. 

Quando estiver concluído o processo de requalificação do Dom Pedro Laguna, a redução da utilização de recursos será reduzida de forma impactante:

  • 50% de consumo de água;
  • 100% na utilização de pesticidas (antecipando diretrizes comunitárias);
  • 20% de fertilizantes;
  • 20% de energia elétrica;
  • 15% do consumo de combustíveis fósseis.

Para além da intervenção de fundo realizada no Dom Pedro Laguna Golf Course, já em 2023 a empresa deu início a um ensaio com utilização de robots para corte de relva em todas as áreas de jogo, com exceção dos greens, dos 5 campos de golfe que possui em Vilamoura. Esta é uma opção baseada em tecnologia que permitirá diminuir o ruído, progredir em termos de transição energética, reduzir o consumo de energia, mitigar a compactação do solo e diminuir o consumo de pesticidas e fertilizantes.

A Dom Pedro Golf monitorizará o processo a todo o momento, avaliando parâmetros relacionados com a qualidade dos relvados, a produtividade, a evolução dos consumos e a aceitação por parte dos golfistas. A empresa está ciente de que as escolhas do presente são as que irão permitir a garantia de perpetuação da oferta de serviços de excelência, compatibilizando-a com a sustentabilidade ambiental de toda a área de implantação dos seus campos. 

Fonte: Dom Pedro Golf