Turismo em Números | 2020

O novo coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19, foi identificado pela primeira vez em janeiro de 2020 na China (cidade de Wuhan). Rapidamente se propagou pelo mundo, conduzindo a longos períodos de confinamento, decretados pelos governos dos diversos países. Esta pandemia originou uma grave crise sanitária mundial com consequências sociais irreparáveis e económicas, que têm vindo a manifestar grande dificuldade em serem atingidos, a curto prazo, os níveis pré-pandémicos. O encerramento de fronteiras e de empresas, algumas destas de modo definitivo, afetaram de forma devastadora a atividade do turismo, originando um ano de 2020 atípico, em termos de fortes quebras, depois de crescimentos sustentados até 2019.

Assim, em 2020, já falando em números definitivos, em que a atividade funcionou de forma habitual apenas nos dois primeiros meses do ano, foram contabilizados 10,4 milhões de hóspedes que originaram 25,8 milhões de dormidas e 1,4 mil milhões de euros em proveitos totais. Na comparação com 2019, as quebras foram: -61,6% para os hóspedes (-39,2% para residentes e -76,2% para não residentes), -63,2% para as dormidas (-35,6% para residentes e -75,1% para não residentes) e de -66,3% para os proveitos totais (-66,7% para os proveitos de aposento que atingiram 1,1 mil milhões de euros).

O Algarve foi o destino nacional que concentrou mais dormidas, 7,9 milhões que representaram 31% das dormidas totais no país, mas que assinalou um decréscimo homólogo de 62,2% (-23,5% de residentes e -74,4% de não residentes).

Nos aeroportos nacionais desembarcaram 8,8 milhões de passageiros, menos 70,0% que em 2019.

As receitas turísticas ascenderam a 7,8 mil milhões de euros, menos 57,6% face a 2019, ou sejam, menos 10,6 mil milhões de euros decorrentes desta atividade.