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Publicação

julho 20, 2023
Margarida Correia
Comissão Europeia

Good Practices for Sustainable Cruise Tourism

sustentabilidade boas práticas

A Comissão Europeia divulgou um estudo sobre as boas práticas para um turismo de cruzeiros sustentável. Recolheu e analisou os dados disponíveis sobre o turismo de cruzeiros, com o objetivo de ajudar as partes interessadas a avançar no processo de transição para a sustentabilidade.

O estudo foi realizado num contexto político do Pacto Ecológico Europeu, da nova abordagem da Comissão Europeia à economia azul sustentável e o desenvolvimento de um caminho de transição para o turismo. Analisou também a situação económica, social e ambiental, investigou as repostas mais promissoras aos desafios, avaliou o impacto económico e registou os quadros regulamentares e não regulamentares. Estes fatores serviram de suporte à apresentação de um guia para a sustentabilidade, incluindo medidas de baixo risco para orientar o setor e um modelo para a identificação de boas práticas.

A pesquisa realizada focou-se no estudo de caso de 13 destinos de turismo de cruzeiros, todos na UE, exceto Miami. Foi analisada a forma como estes destinos estão a responder ao desafio de gestão de destinos, da sustentabilidade ambiental e da obtenção de benefícios socioeconómicos do turismo de cruzeiros.

Estocolmo surgiu como líder, tendo como única vulnerabilidade o envolvimento da comunidade local. Os outros destinos apresentaram pontos fracos, com a maioria a mostrar mais pontos fracos do que pontos fortes.

Lisboa tem muito a melhorar apresentando uma pontuação nos aspetos socioeconómicos e na gestão do destino acima de Sint Maarten, Balearics e Constanta.

No geral, verifica-se uma falta de planeamento conjunto da gestão dos destinos, com muitos a debaterem-se com a necessidade de lidar com um grande número de passageiros de cruzeiros durante as épocas altas.

Embora seja necessário ter em conta as especificidades de cada destino: destinos de pequena ou grande dimensão; se são muito dependentes de cruzeiros; o número de turistas; a dimensão portuária; e o modelo que estão a seguir, através de uma lista de 120 práticas, foi possível selecionar 7 boas práticas para mostrar o que já está a ser feito para tornar a indústria mais sustentável:

  • Fornecimento de energia em terra específica para cruzeiros no terminal de cruzeiros de Altona;
  • Índice Ambiental de Navios no cais, um módulo que calcula as emissões dos navios de cruzeiro no cais, e que se prevê implementar em vários portos da UE;
  • Terminal de cruzeiros sustentável no porto de Tallinn, na Estónia;
  • Abordagem holística do turismo em Dubrovnik, na Croácia;
  • Programa de redução de resíduos (4GOODFOOD) implementado em pelo menos 8 destinos da UE;
  • Abastecimento de GNL no porto de Barcelona, em Espanha;
  • Unidade de tratamento de resíduos no porto de Estocolmo, na Suécia.

Principais conclusões:

   - O estudo demonstrou bons exemplos e iniciativas, de maneira a avançar para um sector do turismo de cruzeiros mais sustentável;

   - Ainda que existam incertezas quanto a regresso aos níveis de atividade anteriores à Covid-19, uma vez que persistem os choques externos resultantes da guerra na Ucrânia, o setor mostrou solidez financeira durante a pandemia e tem pontos fortes necessários para garantir não só a sua sobrevivência, como também o seu crescimento contínuo;

   - Para que esse crescimento exista, todos os intervenientes precisam de responder aos desafios de gestão dos destinos com que se confrontam atualmente;

   - Os desafios ambientais são difíceis. A indústria está empenhada num futuro com zero emissões, mas o caminho de transição não é necessariamente claro e os quadros regulamentares e não regulamentares estão em constante evolução à medida que a tecnologia evolui;

   - Os destinos são muito diferentes, o que pode ser adequado para um pode não ser uma boa solução para outro;

   - A flexibilidade dos combustíveis é recomendada como a melhor proteção contra as incertezas tecnológicas e de investimento, cujo tempo de desenvolvimento é mais longo;

   - A sustentabilidade exigirá coordenação, diálogo e apoio de todas as partes interessadas.

Saiba mais em: Good practices for sustainable cruise tourism.