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Publicação

junho 12, 2023
Pedro Pereira

Caminho para a redução da poluição dos plásticos - Credit Suisse Research Institute

sustentabilidade

De forma a contribuir construtivamente para o processo de negociação para um tratado global de plásticos com a próxima adoção do estabelecido no relatório do Comité de negociação intergovernamental das Nações Unidas, o Centro de Sustentabilidade do Credit Suisse acaba de publicar um relatório dedicado à poluição plástica, explorando os benefícios, bem como os custos do plástico para o meio ambiente, biodiversidade e sociais.

A poluição por plásticos, sobretudo em meio marinho, bem visível nas praias, é hoje um dos maiores desafios ambientais que o planeta enfrenta, já que a produção de grande parte destes plásticos se destina a utilização única, acabando, frequentemente, por ser descartada sem reciclagem. Por essa mesma razão, o Turismo de Portugal é membro integrante do Pacto Português para o Plástico, organismo que pretende contribuir para superar obstáculos e efetuar progressos na economia circular dos plásticos no setor do turismo, promovendo igualmente uma gestão eficiente de resíduos na atividade turística, objetivo preconizado na Estratégia Turismo 2027.

Pontos-chave do relatório:

  • O uso de plástico superou drasticamente o crescimento do PIB e da população nos últimos 60 anos, com quantidades crescentes de plástico a serem necessárias para aumentar cada dólar incremental ao PIB;
  • A intensidade plástica do PIB disparou entre 1960 e 2020, com o uso de plástico a aumentar quase 5000%, enquanto o PIB real cresceu cerca de 650% e a população mundial aumentou cerca de 160%;
  • A pesquisa do Credit Suisse aplicou pela primeira vez o modelo Kaya Identity à utilização de plástico. Este modelo é usado para determinar os fatores demográficos, económicos e sociais das emissões de gases de efeito estufa. Esta análise demonstrou de forma conclusiva que o crescimento económico global tem sido fortemente dependente do plástico;
  • Num cenário de linha de base que estende as tendências atuais e não pressupõe ação política adicional, é esperado que os resíduos plásticos anuais quase dupliquem, passando de aproximadamente 350 milhões de toneladas métricas para cerca de 670 milhões de toneladas métricas até 2060. No entanto, os resíduos plásticos mal utilizados aumentam anualmente numa proporção mais reduzida, de aproximadamente 80 milhões de toneladas métricas para pouco mais de 100 milhões de toneladas métricas;
  • O PIB per capita é o parâmetro mais significativo no aumento projetado da poluição causada pelo plástico;
  • Com base no conjunto de dados revistos e considerando a inexistência de ação política adicional até 2060, existe a probabilidade de haver mais tonelagem de plástico do que biomassa de baleia no mar.

Aceda ao relatório completo: Plastic pollution: Pathways to net zero.