75% dos viajantes querem usar meios de transporte mais ecológicos

Um inquérito ocorrido em 2021 com viajantes globais encomendado pela Booking.com descobriu que 45% dos viajantes entrevistados desligaram conscientemente o aquecedor ou ar condicionado quando se ausentavam dos seus quartos. Cerca de 40% tinham levado a sua própria garrafa de água, em vez de comprar água engarrafada ou tinham reutilizado as toalhas nos meios de alojamento. Estes são apenas alguns dos comportamentos que os viajantes têm vindo a adotar de forma crescente em resultado da sua cada vez maior propensão para considerarem as questões ligadas à sustentabilidade. Com base neste inquérito, a Statista produziu um conjunto de infografias de que seguidamente se dão nota.

O inquérito anual da Booking.com junto dos viajantes globais decorre desde 2016 e, todos os anos, analisa questões como a intenção dos turistas em utilizarem meios de alojamento sustentáveis. Os resultados de 2022, por exemplo, evidenciam que 78% dos entrevistados pretendiam reservar opções de alojamento sustentáveis, pelo menos uma vez, no ano seguinte. Esta foi uma ligeira diminuição em relação ao máximo atingido em 2021, mas um aumento em relação a 2020, mostrando uma tendência geral de crescente importância desta opção.

Fontes: Booking.com | Statista

Já o relatório de sustentabilidade de 2021 mostra que há um interesse crescente e significativo em práticas sustentáveis entre os viajantes, sendo as suas principais prioridades a redução de resíduos (84%) e o consumo de energia (83%). A utilização de meios de transporte menos poluentes e a predisposição para a redução do desperdício de água também têm um elevado nível de resposta.

Fontes: Booking.com | Statista

Na mais recente edição do inquérito, 75% dos entrevistados indicaram que estariam dispostos a escolher modos de transporte mais ecológicos para chegar ao seu destino. Quase 20% estariam dispostos a pagar mais e 28% estariam dispostos a viagens mais demoradas, se tal vier a representar uma diminuição das emissões de carbono. De um modo geral, a disposição dos consumidores para viajar de forma mais sustentável é alta, pois a maioria está aberta a tomar opções sustentáveis, como reduzir o desperdício geral em viagens futuras e reduzir o consumo de energia. Entre as diferentes gerações, a Geração Z é a mais predisposta a escolher opções de modo de transporte mais ecológicas.

Fontes: Booking.com | Statista

Entre as edições de 2020 e 2021 do inquérito é notória uma crescente preocupação dos turistas com a sustentabilidade das suas viagens, com crescimento em todas as respostas relativas à implementação de mecanismos de controlo dos gastos de energia e de produção de resíduos. A opção de se verificar uma limpeza não diária dos quartos, ou a utilização exclusiva de loiça reutilizável contam-se entre os aspetos crescentemente considerados pelos turistas inquiridos.

Fontes: Booking.com | Statista

O inquérito de 2021 concluiu que existe um aumento de comportamentos que estão ao alcance mais imediato dos turistas: 45% desligaram conscientemente o sistema de aquecimento ou o ar condicionado quando se ausentavam dos seus quartos; 43% levaram a sua própria garrafa de água em vez de comprar água engarrafada; e 40% reutilizaram as toalhas disponíveis no alojamento, como o objetivo de evitar o desperdício de água.

Fontes: Booking.com | Statista

O estudo também revelou que os viajantes não pensam apenas no ecossistema local quando se referem a estadias sustentáveis. Cerca de um terço dos inquiridos associaram a sustentabilidade da sua estadia ao apoio à comunidade local, seja como forma de ter uma experiência local mais relevante, ou porque acreditam que os meios de alojamento sustentáveis são mais favoráveis à comunidade local. No que diz respeito aos aspetos estéticos do alojamento, menos de 20% deram relevância a essa questão.

Fontes: Booking.com | Statista

Na edição de 2021, 46% dos entrevistados indicaram que a excessiva produção de resíduos era a sua maior preocupação no que concerne ao impacto ambiental. A preocupação com as emissões de carbono foi menos considerada do que outros aspetos como, a procura excessiva ou as ameaças à vida selvagem e aos habitats.

Fontes: Booking.com | Statista

Num recente estudo de sustentabilidade de meios de alojamento, à escala global, estimou-se que seria necessário um investimento de 243 biliões de euros por parte da indústria, para reduzir as emissões de carbono em 48 megatons de CO2. De acordo com o estudo realizado pela EY-Parthenon, em parceria com a Booking.com, o setor do alojamento na região Ásia-Pacífico representa quase metade do potencial total de redução de carbono, mas tal objetivo custará em média 4.750 euros por quarto, de forma a realizar esse potencial. Embora esse custo seja muito elevado, há um lado positivo, a maioria dos custos de investimento associados a tornar os alojamentos mais sustentáveis podem ser atribuídas a medidas de economia de custos no médio e longo prazo.

Fontes: Booking.com | Statista