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Publicação

julho 20, 2022
Pedro Pereira
European Travel Comission , World Travel & Tourism Council

Há 1,2 milhões de postos de trabalho por preencher no setor do turismo na Europa

emprego

A recuperação do setor de Viagens e Turismo pode vir a ser colocada em risco se permanecerem por preencher quase 1,2 milhão de empregos que permanecem vagos em toda a União Europeia (UE), alerta o World Travel & Tourism Council (WTTC) e a European Travel Comission (ETC).

A dimensão do déficit de mão de obra no período de verão foi revelada pelo WTTC na sua mais recente análise do setor em que são pedidas ações urgentes para resolver esse problema crítico.

Em 2020, quando a pandemia estava no auge, em toda a UE o setor sofreu a perda de quase 1,7 milhões de empregos. Em 2021, quando os governos começaram a aliviar as restrições sobre as viagens e a confiança dos viajantes melhorou, a contribuição direta do setor para a economia da UE recuperou 30,4% e 571.000 empregos. Este ano, o WTTC projeta que a recuperação do setor continuará a acelerar e quase atingir os níveis pré-pandemia, com um aumento esperado de 32,9% na sua contribuição direta para a economia da UE.

Segundo Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, “governos e setor privado precisam de se unir para oferecer as melhores oportunidades para as pessoas que procuram as oportunidades de carreira que o setor oferece”.

É provável que um grande número de vagas permaneça vago durante o período de verão, com o segmento das agências de viagens a ser o mais atingido com um déficit de 30% de trabalhadores. Enquanto isso, os segmentos de transporte aéreo e de alojamento, provavelmente, deixarão por preencher cerca de 20% das vagas.

WTTC e ETC identificam seis medidas: 

  • Facilitar a mobilidade da mão de obra dentro dos países e para além das fronteiras da UE e fortalecer a colaboração a todos os níveis, fornecendo vistos e autorizações de trabalho;
  • Permitir o trabalho flexível e remoto sempre que possível, especialmente se as restrições de viagem ainda impedirem que os trabalhadores se movimentem livremente através das fronteiras;
  • Garantir trabalho decente, fornecer redes de proteção social e destacar oportunidades de crescimento na carreira, de modo a reforçar a atratividade do setor como opção de carreira e reter novos talentos;
  • Capacitar e requalificar talentos e oferecer formação abrangente, permitindo criar equipas de força de trabalho com novas e melhores competências;
  • Criar e promover programas de educação e aprendizagem, articuladas com políticas eficazes e colaboração público-privado, que apoiem programas educacionais e de formação;
  • Adotar soluções tecnológicas e digitais inovadoras para melhorar as operações quotidianas, bem como a mobilidade e a segurança nas fronteiras, para garantir viagens seguras e contínuas e uma boa experiência para o cliente.

A este propósito, Luís Araújo, presidente da ETC, afirmou: “A Europa, como o destino turístico líder e mais competitivo do mundo, está empenhada em tornar-se mais sustentável. Mas o objetivo da dupla transição (verde e digital) só será alcançado se conseguirmos atrair e reter talentos para este setor. Este é um dos maiores desafios para o setor e necessita de soluções coordenadas, multifacetadas e conjuntas (públicas e privadas).”

As duas organizações acreditam que, com a implementação dessas medidas, as empresas do setor poderão atrair e reter mais trabalhadores. Isto, por sua vez, permitiria ao setor responder à crescente procura do consumidor e acelerar ainda mais a sua recuperação.

Fonte: www.etc-corporate.org