Estimativas rápidas | setembro 2023

O Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal divulgaram no dia 31 de outubro de 2023, as estimativas rápidas dos resultados de setembro de 2023.

A estimativa aponta para 3.161,5 mil hóspedes e 8.208,1 mil dormidas no total do alojamento turístico em setembro de 2023, quando no mesmo mês de 2022 tinham sido 2.899,7 mil hóspedes (+9,0%) e 7.691,3 mil dormidas (+6,7%). 

A evolução face a setembro de 2019, deverá ser de mais 9,2% para hóspedes (+265,1 mil hóspedes) e de mais 7,7% para dormidas (+853,5 mil dormidas).

• Em relação aos residentes, a previsão é de 2.346,4 mil dormidas (2 462,2 mil em setembro de 2022, ou seja, -3,3%). Relativamente ao mesmo mês de 2019 os valores são maiores em 5,7% (+ 125,9mil dormidas). A quota que as dormidas de residentes representaram no total foi de 31,5% em setembro de 2022, passando para 28,6% em setembro de 2023;
• Em relação aos não residentes, a perspetiva aponta para 5.861,7 mil dormidas, que se irão traduzir num crescimento homólogo de 11,3% (5.265,1 mil em setembro de 2022). Face ao mês homólogo de 2019, o aumento foi de 8,5% (equivalente a + 457,7 mil). A quota que as dormidas de não residentes representaram no total foi de 68,5% em setembro de 2022, passando em setembro de 2023 para 71,4%.

Norte e Centro com maiores crescimentos

Em setembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, destacando-se as regiões Norte (+13,5%), Centro (+12,3%) e RA Açores (+9,8%). O Algarve concentrou 29,2% das dormidas, seguido da AM Lisboa (24,1%) e do Norte (17,2%).

As dormidas de residentes apresentaram, em setembro, decréscimos no Algarve (-16,9%), na RA Madeira (-11,4%) e na RA Açores (-3,2%). Os maiores aumentos observaram-se no Norte (+5,2%) e no Centro (+5,1%). 

Em setembro, as dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, destacando-se o Centro (+21,8%), o Norte (+18,3%), a RA Açores (+16,6%) e o Alentejo (+15,7%). 

Análise de mercados

A estimativa indica que: Estados Unidos e Canadá voltam a registar os maiores crescimentos, sendo de assinalar também o mercado austríaco (+21,5%).

- Os 17 principais mercados emissores representaram 87,6% do total de dormidas de não residentes em setembro, entre os quais se destaca o mercado britânico (20,4% do total das dormidas de não residentes em setembro), com um aumento de 6,9%, a maior variação dos últimos 6 meses;
- As dormidas de hóspedes alemães (12,4% do total) cresceram 13,8% em setembro e o mercado espanhol (8,3% do total) inverteu a trajetória de descida dos dois meses anteriores, com um aumento de 1,4% nas dormidas;
- Os mercados norte-americano e canadiano (9,7% e 3,4% do total) voltaram a destacar-se pelos crescimentos expressivos, 23,7% e 33,7% face ao ano anterior (+73,3% e +46,8% face a setembro de 2019, respetivamente;
- Por sua vez, os mercados sueco e finlandês foram os únicos a registar decréscimos (-11,2% e -9,4%, respetivamente; -23,6% e -19,2% face a 2019).

Em setembro, 14,0% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (10,4% em agosto).

Dormidas mantêm-se acima de níveis de 2019

Indicador preliminar das viagens e turismo da balança de pagamentos

De acordo com o Banco de Portugal, prevê-se a seguinte evolução da rubrica de viagens e turismo da balança de pagamentos:

• Em setembro de 2023, o indicador preliminar das viagens e turismo aponta para um crescimento das receitas turísticas de 15,4% face a setembro de 2022 (após uma variação de 10,7% em agosto) e um crescimento das despesas turísticas de 11,2% (após uma variação de 9,8% em agosto) por comparação com setembro de 2022, que totalizam assim 2.751,16 milhões de € e 685,66 milhões de €, pela mesma ordem. 
• Esta evolução conduziu já a aumentos face ao período pré-pandémico: as receitas e as despesas de serviços de turismo, em setembro de 2023, registaram um acréscimo de 35,73% e 34,95% respetivamente, face a setembro de 2019. 
• Relativamente aos valores acumulados até setembro de 2023, as receitas turísticas (20.151,19 milhões de €) deverão superar o valor observado em igual período de 2019 (14.689,75 milhões de €, correspondendo a um crescimento de 37,18%.
• As despesas turísticas (4 904,86 milhões de €) situar-se-ão também acima do verificado nesse período (3 983,32 milhões de €), correspondendo a um aumento de 23,13% do registado em 2019.